O controle da entrada de facções criminosas no Piauí tem influenciado diretamente no número de homicídios e na segurança dentro e fora dos presídios do estado. Dados do Atlas da Violência 2018 apontam o Piauí como a unidade da federação do nordeste com o menor índice de assassinatos e a terceira com menor número de homicídios do Brasil.
O Piauí também não foi citado entre os estados onde há conflito entre facções criminosas, dentre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital). A ausência de influência de facções está diretamente ligada ao número de assassinatos. O Atlas da Violência 2018 não identificou aumento vertiginoso no número de homicídios no Piauí, ao contrário de estados vizinhos e de fronteira como Maranhão, Ceará, Tocantins e Bahia, que registaram um aumento de mais de 70% na quantidade de homicídios.
- Foto: Lucas Dias/GP1Daniel Oliveira
Para o secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, o posicionamento positivo do Piauí no atlas nacional deve-se ao trabalho integrado entre as secretarias de Justiça e Segurança. “Nos últimos anos temos firmado termos de cooperação que nos proporcionam um monitoramento de inteligência eficiente e preventivo. Pretendemos fortalecer ainda mais essa realidade com a implantação do Plano Operacional de Classificação de Detentos, que nos dará maior controle sobre os presos de alta periculosidade, evitando a presença de facções nos nossos presídios, como ocorre em outros estados”, destacou.
Não foram registrados em 2018 nenhuma rebelião ou motim em unidades penais do Piauí e o número de assassinatos nos presídios caiu 40%, nove ocorrências em 2017 e apenas uma durante o primeiro semestre de 2018. O sistema de informações criminais e a organização policial entre as polícias Civil e Militar e a polícia penitenciária têm contribuído para um trabalhado de intenso monitoramento, realizado pelos setores de Inteligência das secretarias de Justiça e Segurança.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
O governador Wellington Dias acredita que o desempenho do Piauí é fruto de um estudo técnico do Estado, balizado em gestões de referência em segurança. “Temos buscado boas experiências dentro e fora do Brasil, com intercâmbio técnico de ações a exemplo da nossa visita ao Canadá, onde pudemos ver como trabalha um país que é modelo nesta área. A ideia é modernizar e integrar nossos órgãos de segurança, e fazer esse trabalho também à nível de nordeste e de Brasil”, explicou.
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