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Coronel Carlos Augusto defende reformulação do Código Penal

O comandante-geral da PM defende ainda a criação de um Plano Nacional de Segurança Pública.

Durante reunião entre os nove governadores do Nordeste para discutir a implementação de um plano de segurança integrado, o comandante-geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, afirmou que a “Segurança Pública é o maior desafio da sociedade brasileira”. O comandante defende a criação de um Plano Nacional de Segurança Pública.

O coronel também disse que é preciso “dimensionar a segurança por responsabilidade”. “Tem responsabilidade que é da Polícia Militar, mas tem responsabilidades que não são nossas mas que o problema desagua justamente nas nossas mãos”, afirmou o coronel.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Carlos AugustoCoronel Carlos Augusto

O comandante acredita que é estritamente necessário que o governo intensifique a força policial nas fronteiras, tendo em vista que boa parte dos armamentos e drogas entram no país através delas. Segundo o gestor, 80% das ocorrências são ocasionadas pelo uso ou tráfico de drogas.

“Muito maior do que essa providência [intervenção no Rio] é policiar as nossas fronteiras, por onde passam toneladas e mais toneladas de drogas, e milhares e milhares de armas todos os dias nesse país e que desagua em nossos estados e vem em forma de ocorrência policial”, afirmou o comandante.

Reformulação do Código Penal

Carlos Augusto também defendeu uma reformulação do Código Penal. “Não é possível nós termos um país onde alguém mata uma pessoa e seis meses depois estar nas ruas. Não é possível alguém matar, sair do flagrante, ir para a delegacia e depois ir pra casa responder ao processo em liberdade”, afirmou.

“E isso é o que tem agravado a situação da segurança pública. Transmite para a população a questão da insegurança e transmite para as pessoas que vão entrar no mundo do crime que não tem punição”, continuou o gestor da Polícia Militar.

Pacto da segurança

Um dos assuntos pautados no evento é a criação de um pacto de segurança entre todos os estados do Nordeste. A intenção é fazer um sistema online com informações de presos, foragidos e informações sobre os crimes cometidos.

“Em um momento em que todas as informações são em tempo real, nós podemos ter a nível de Nordeste um cadastro único de pessoas que cometem crimes. Com fotografia, com o tipo de crime, quantas vezes foi preso, quanto tempo ele tá solto. É possível a gente ter uma integração do sistema de inteligência”, explicou Carlos Augusto.

Déficit

O comandante assume que o efetivo do estado é pequeno e defende a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública. “Temos um déficit de efetivo e não adianta negar, precisamos ter mais policiais. Nós precisaríamos hoje pelo menos mais quatro mil PM’s. O governador Wellington Dias nesses anos autorizou a contratação de mil e cem, mesmo com essa dificuldade que a gente vive. Por isso que precisamos de um Fundo Nacional de Segurança Pública”, disse.

Destaque no Nordeste

“A nível de Nordeste nós estamos melhor do que todos os outros estados que vão sentar à mesa conosco, com respeito a homicídios temos os melhores números do Nordeste, embora a gente sinta ainda a angústia da população porque hoje a informação é toda em tempo real e isso traz também uma questão de insegurança. O fato é que o crime existe, está acontecendo e precisa de providências”, concluiu.

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