Acontece, nesta terça-feira (22), às 8 horas, na Câmara Municipal de Teresina, o Mulheres nas Casas Legislativas. O Ministério Público do Estado do Piauí, em parceria com a Procuradoria da Mulher no Senado Federal, por intermédio do gabinete da Senadora Regina Sousa, participará do evento.
Às 13 horas, o promotor de Justiça Francisco de Jesus Lima, coordenador do NUPEVID (Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar), apresentará o mapa das violências praticadas contra mulheres no Piauí.
Em entrevista ao GP1, o membro do MP adiantou alguns dados que serão apresentados: “Constatamos que nós temos aproximadamente, em todo o estado, nos últimos 5 anos, 15 mil casos de violência contra a mulher, mas com um recorte, nós só começamos a monitorar fora de Teresina, em 2016. Nós tínhamos um banco de dados que era restrito só a Capital, e nós conseguimos em 2016 ampliar e estamos melhorando cada vez mais”, relatou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Promotor Francisco de Jesus
De acordo com o promotor, em relação aos tipos de violências, “a mais recorrente ainda é a ameaça, seguida de injúria, calúnia e difamação, em seguida vem as lesões corporais, crimes sexuais, violências patrimoniais e todas elas são acompanhadas da violência psicológica, ou seja, aquele que ameaça já violentou psicologicamente”, afirmou.
Para Francisco de Jesus, as mulheres vêm, cada vez mais, perdendo o medo de denunciar: “Em Teresina, eu já percebi que as mulheres perderam o medo de formular essas denúncias. E um dado a nível de Brasil é que nós estamos equiparados a Brasília, onde a mulher mais denuncia, em seguida vem o Piauí, e nesse olhar eu vejo que a mulher de Teresina, em especial, tomou consciência que não deve e não poder sofrer a violência sozinha, ela tem que procurar a rede de proteção e isso vem acontecendo”, explicou.
O projeto Mulheres nas Casas Legislativas é uma iniciativa do Comitê Permanente pela Igualdade de Gênero e Raça e conta com o apoio da Diretoria-Geral, do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), da Procuradoria Especial da Mulher (ProMul), do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) e do Programa Pró-Equidade do Senado Federal.
Ver todos os comentários | 0 |