A greve dos Correios completou seu quarto dia neste sábado (23) com adesão de 70% do efetivo. É o que garante o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintect-PI), Edilson Santos. Além disso, o sindicalista afirma que o movimento segue por tempo indeterminado e ganha mais adesão, nacionalmente, a cada dia.
- Foto: Lucas Dias/GP1Trabalhadores dos Correios aderiam a greve por tempo indeterminado
“A greve prossegue. O comando está reunido, em Brasília, para tentar chegar a um acordo, mas a gente só vai definir o rumo do movimento na segunda-feira (25), se continua. Nessa sexta não houve assembleia porque não houve nenhum informe ainda, por conta disso, então a greve continua”, afirmou Edilson Santos.
Por conta da paralisação, os Correiros estão executando uma estratégia chamada de “Plano de Continuidade de Negócios”, que inclui medidas como mutirões de entrega de cartas e encomendas nos finais de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e realização de horas extras. “Isso vai ser feito dentro do que está previsto na lei de greve, com 30% do efetivo para manter os serviços”, informou o presidente do Sintect-PI.
A greve agora atinge 21 estados e o Distrito Federal. Entre os motivos listados pelos trabalhadores estão a pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.
“A gente espera que as negociações tenham avanço, tendo em vista que a greve está crescente, aumentando, porque em alguns estados a adesão ainda era pouca, mas a cada dia aumenta. Por conta disso a gente acredita que vai ter um avanço, mas se tiver alguma coisa agora a gente só vai poder fechar na segunda-feira”, finalizou Edilson Santos.
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