Estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realizaram uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (12), no Palácio de Karnak. O último protesto no local ocorreu há uma semana, onde algumas pessoas pularam as grades da sede do Governo Estadual.
Os manifestantes ocuparam o jardim do Palácio de Karnak, e a intenção dos mesmos é de permanecer acampado até o momento que o governador Wellington Dias os receberem. A previsão é de que isso ocorra nesta sexta-feira (13).
“O Governo agendou conosco uma reunião para terça-feira (10). Ele adiou a reunião em função de uma agenda do pré-sal para hoje e ontem, às 19 horas, ele comunicou ao sindicato que estava adiando novamente a reunião para sexta-feira à tarde. Nós já tínhamos nos mobilizado. Já estávamos preparados para vim, por isso estamos aqui e vamos ficar até o governador nos receber”, declarou a funcionária Rebeca Hennemann.
“Somente na semana passada que o governador acenou uma possibilidade de uma primeira conversa. Ele não tem negociado com o sindicato, ele não tem se mostrado aberto para discutir as pautas da universidade e nós acreditamos que com isso a universidade não é prioridade para ele”, afirmou.
Emerson Samuel, recém-formado em Direito, relatou ao GP1 como é a situação dos alunos na instituição de ensino, baseado em realidades vividas por ele e por colegas enquanto estudantes da UESPI. “Eu já fui monitor remunerado que não recebi pelas monitorias remuneradas, já tive muita disciplina sem professor. Todo período a gente inicia e o professor só chega cerca de um mês depois que começou as aulas. Nunca tive o direito de comer na universidade porque não tem restaurante universitário. A gente tem um projeto de extensão popular, que é o corpo de assessoria jurídica estudantil, mas estamos impossibilitados, além disso sentimos falta de professor para orientar projetos de estudantes”, comentou.
A greve é unificada (alunos, professores e técnicos administrativos) e começou no dia 18 de abril. Alunos de várias cidades do Piauí, como Oeiras, Floriano, Piripiri, Parnaíba, Campo Maior e Teresina estiveram hoje no Palácio de Karnak. Para ela, o governador não está interessado em negociar o fim da greve na UESPI.
O movimento SOS Uespi existe há cinco anos e as causas da greve nesse momento se dão por vários motivos, segundo os próprios manifestantes relataram, tais como: campanha de professores efetivos, concurso para técnicos administrativos, reforço nos planos de cargos, carreiras e salários dos técnicos da universidade, pagamento das bolsas atrasadas, aumento das bolsas de pesquisa e abertura de restaurante universitários em todos os campis.
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