Servidores de Picos rejeitam proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Padre Walmir

Reunidos em assembleia na tarde desta sexta-feira, 10, os servidores da administração geral de Picos rejeitaram, por unanimidade, proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT). A assembleia foi realizada no plenário da Câmara de Vereadores e contou com a presença de expressivo número de trabalhadores.

Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira, 16, e os servidores alertam que, caso não haja acordo com a administração municipal, a categoria poderá paralisar as atividades por 24, 48 ou 72 horas, ou até mesmo decretar uma greve por tempo indeterminado.
Na manhã de hoje, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), reuniram-se com o Procurador Geral do Município para tratar sobre o reajuste salarial dos servidores da administração geral. Após mais de duas horas de debates, um acordo não foi possível. A vereadora Fátima Sá (PSDB) marcou presença na reunião.

Segundo a presidente do Sindserm, Edna Moura, na reunião pela manhã o sindicato apresentou uma proposta baseada na inflação de 2014 e nas perdas salariais que a categoria teve nas negociais anteriores, chegando-se a um índice de 8,34%.
Alegando problemas de caixa, a Prefeitura de Picos apresentou uma contraproposta de 6,5% de reajuste salarial, o mesmo aumento aplicado em 2014, baseado na inflação de 2013 e abaixo dos 8,34% proposto pelo sindicato.

“A categoria hoje decidiu, por unanimidade, não aceitar essa contraproposta de 6,5% e não recuar em relação ao valor do índice inflacionário, que foi medido em 8,34%, fora as perdas salariais de 5% que foram solicitadas” – informou Edna Moura.

Uma nova assembleia está marcada para as 16h da próxima quinta-feira, 16, no plenário da Câmara Municipal de Picos. E a expectativa dos trabalhadores é de que até lá o prefeito, Padre Walmir (PT), envie uma nova proposta para ser apreciada pela categoria.
“Nós estamos encaminhando ao prefeito a decisão da assembleia de hoje e, esperamos o retorno da Prefeitura sobre a viabilidade de aumentar esse percentual de reajuste de 6,5% para 8,34% e desta forma possamos fechar um acordo na próxima quinta-feira” – destacou a presidente do Sindserm.

A sindicalista adverte, no entanto, que a categoria já decidiu que não vai recuar do reajuste de 8,34%, percentual referente apenas à inflação de 2014. Caso não haja acordo, os trabalhadores poderão tomar medidas mais duras, como paralisações ou até a decretação de uma greve por tempo indeterminado.

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