Moradoras ameaçadas de remoção da Avenida Boa Esperança em Teresina fazem manifestação

Na tarde deste domingo (08), no dia internacional da mulher, as moradoras da Avenida Boa Esperança, no bairro São Joaquim, zona norte da capital, se organizaram com outras mulheres de grupos feministas e de movimentos sociais para se manifestarem contra a ameaça de remoção das quase 2 mil famílias que moram na região em virtude da implantação da 2º fase do Projeto Lagoas do Norte.
Na data simbólica da luta da mulher trabalhadora, essas moradoras paralisaram o tráfego ao longo da Avenida Boa Esperança, reivindicando a garantia de direitos fundamentais para a população, como saneamento básico, transporte público, escolas, creches e mais segurança. Estes serviços públicos funcionam precariamente na região.

Com diversos cartazes, a população demonstrou insatisfação com o risco de serem retiradas de suas casas e defenderam o seu direito à moradia.
Segundo a moradora Francisca das Chagas, muitas mulheres construíram as suas casas sozinhas e sustentaram diversas gerações de famílias na localidade, sem qualquer apoio do poder público. Ela relatou que a população idosa, que é bastante expressiva na região, está sofrendo com problemas de saúde, como depressão, desde que receberam o comunicado de remoção feito pela Prefeitura. Muitas famílias residem no local há décadas, desde o início da urbanização de Teresina. Foi denunciada também a falta de diálogo do Poder Público Municipal com a comunidade e o risco ao meio ambiente devido a duplicação da avenida.

A manifestação encerrou no Parque Ambiental Encontro dos Rios com atividades culturais e a apresentação de um grupo de umbanda da zona sul de Teresina. No final, as moradoras convocaram todos os presentes a comparecerem à audiência pública que será realizada no dia 17 de março, às 9hs, no prédio do Ministério Público Estadual, para tratar da causa.

Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1