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Tratamentos estéticos durante a gravidez pode causar partos prematuros

Tratamentos estéticos que envolvam peelings, ácidos ou lasers, aplicações injetáveis, como colágeno e botox, são vetados.

Manchas na pele, inchaço, estrias e celulite são problemas comuns que incomodam as mulheres durante o período gestacional. Para reduzir alguns sintomas as gestantes buscam nos tratamentos estéticos a solução para as mudanças corporais ocasionadas durante a gestação, sem saber que podem afetar diretamente a saúde do bebê.

Segundo especialistas muitos procedimentos estéticos são proibidos durante a gravidez e a gestante deve ficar atenta desde de um simples creme, que pode contêm substâncias que são absorvidas pela pele, até tratamentos realizados com a laser, como a depilação. Para o obstetra, David Batista, os cuidados com o corpo e a saúde devem ser de ser redobrados durante esse período e sempre acompanhado por um médico. “Nesta fase, a mulher apresenta muitas restrições quanto aos tipos de medicamentos dos quais pode fazer uso, o que torna o tratamento de uma simples irritação de pele, por exemplo, mais complexo e delicado afetando diretamente ao bebê”, explicou.

Entre os tratamentos que estão totalmente proibidos pelos obstetras estão: o Peeling químico, que pode causar a má formação do bebê, por possui na sua composição amônia, ácido retinóico, ácido glicólico ou ácido salicílico passados para o bebê através do líquido amniótico; a Radiofrequência, também totalmente vetado pelos especialistas, estimula a produção de colágeno e deixa a pele mais firme, porém o aparelho exerce forte pressão e causa fortes contrações no corpo da mulher, o que pode levar a um parto prematuro.

A administradora Ângela Souza conta que durante a gestação realizou algumas sessões de massagem modeladora sem saber que prejudicaria a gestação. “Fui indicada por uma amiga a fazer sessões de massagens, na última sessão ao chegar em casa senti algumas dores e busquei o meu obstetra, descobri que havia deslocado a placenta”, conta.

David Batista explica que muitos são os tratamentos que requerem cautela na hora de ser realizados pelas gestantes, mas procedimentos simples, como limpeza de pele e hidratação capilar, podem ser feitos pela mulher. “Em geral, tratamentos pouco invasivos e sem determinados componentes químicos (como a amônia), podem ser feitos tranquilamente do quarto ao oitavo mês de gestação. Mas são contraindicados nos três primeiros meses, nos quais o feto ainda está se formando, e no último, quando o corpo começa a se preparar para o parto”, esclareceu o especialista.

Outro ponto que o médico alerta é a escolhas dos profissionais que irão realizar os tratamentos. “Os profissionais escolhidos devem ser habilitados e ter experiência com gestantes. Se a gravidez for de risco ou apresentar complicações, o médico deverá ser consultado antes de a mulher se submeter a qualquer procedimento, por mais inofensivo que ele pareça ser,” alertou David Batista.

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