O delegado Menandro Pedro, presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), apresentou detalhes da prisão em flagrante dos acusados de participar do esquema de furto de processos da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí na manhã de ontem (19).
De acordo com o delegado Menandro Pedro, a Polícia Civil recebeu a denúncia nesta quarta-feira (19) através da Corregedoria do Tribunal de Justiça. “Nós temos que exaltar a figura da prestadora de serviços da corregedoria, uma pessoa que vive com um salário mínimo, e apontou o que estava acontecendo na corregedoria”, comentou o delegado que acrescentou detalhes sobre o esquema.
“Esta mulher foi procurada por um ex-servidor da Corregedoria, que queria acesso à cópia de um processo e ofereceu a ela R$ 500,00. Foi então que ela procurou o juiz corregedor, que foi ao Núcleo de Inteligência da Polícia Civil. O Greco tomou conhecimento, instalou as câmeras no Tribunal de Justiça e conseguiu as imagens de como eles pegavam os processos”, contou o delegado Menandro Pedro.
Os três acusados foram identificados como Alexandre da Silva Carocas (ex-servidor do TJ e, atualmente, funcionário público do Instituto Federal do Piauí- IFPI), Fernando José de Alencar (Advogado), além de Adailton Maturino, apontado pela Greco como Administrador.
Como funcionava o esquema
De acordo com o delegado Menandro Pedro o esquema chegou a movimentar mais de R$ 2 mil por apenas um processo. “O Alexandre da Silva Carocas recebeu, inicialmente, R$ 2.000,00 (dois mil reais) para conseguir a cópia do processo e, para tanto, ofereceu R$ 500,00 (quinhentos reais) à prestadora de serviços. Em seguida, ele recebeu outra oferta de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para ter acesso ao processo original. No entanto, o Alexandre não recebeu o dinheiro, pois a gente flagou o esquema antes de ele ter acesso ao processo”, revelou o delegado.
De acordo com o delegado Carlos César, responsável pelo inquérito, toda a ação para a constatação do flagrante aconteceu no decorrer da quarta-feira (19). “Foi um trabalho rápido e eficiente. O próximo passo agora será identificar como se dava a participação dos outros dois envolvidos, que permaneceram calados durante o depoimento”, ressaltou o delegado que completou: “Outras prisões podem acontecer. Esse foi o primeiro passo das investigações que vão se desenrolar e a gente vai tentar identificar desde quando isso acontecia e se há alguma relação interestadual, pois um deles é da Bahia”, completou.
De acordo com o delegado Menandro Pedro, os três envolvidos devem responder pelos crimes de Corrupção ativa e Associação Criminosa.
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