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Piauí vai receber investimentos de R$ 1,5 bilhão para energia eólica

O valor foi correspondente a mais de 20% da quantidade de projetos contratados no leilão.

O Piauí conseguiu contratar 14 projetos para instalação de usinas eólicas. O estado foi o segundo que mais se destacou no 5º Leilão de Reserva de Energia Eólica realizado nesta sexta-feira, 23, na sede da Empresa de Pesquisas Enérgicas, no Rio de Janeiro. O valor foi correspondente a mais de 20% da quantidade de projetos contratados no leilão.

Além da quantidade de projetos contratados, os projetos piauienses se destacaram pelos valores. O preço médio foi de R$ 109,97 por MWh. Juntos, os projetos do Piauí possuem capacidade para produzir 420 MW. Os investimentos nas usinas eólicas a serem construídas no Piauí vão totalizar R$ 1,5 bilhão.
Imagem: DivulgaçãoEdson Ferreira(Imagem:Divulgação)Edson Ferreira
Para o secretário de Mineração e Energias Renováveis do Piauí, Edson Ferreira, o resultado do leilão demonstra que o Piauí entrou definitivamente na lista de estados com grande potencial no setor de energia eólica. “O fato do Piauí ser o segundo estado que mais se destacou no Leilão mostra o grande potencial elétrico que temos. A qualidade dos nossos ventos é elogiada pelos empresários do setor, o que deve atrair mais investimentos ao longo do tempo”. Edson Ferreira acrescentou que o Piauí passa por um grande momento na área de energias renováveis. Em outubro será realizado um leilão para produção de energia solar e o Piauí terá vários projetos cadastrados. "Para se ter uma ideia, a Barragem de Boa Esperança produz 250 MW de energia, o leilão contratou 420 MW, quase o dobro do total d eenrgia produzida pela Boa Esperança", explicou Ferreira.

Segundo o governador Wilson Martins, o Piauí esta cada vez mais presente nas negociações envolvendo o setor energético do país. “Até o final do ano, o Estado irá participar de mais três leilões nas áreas de mineração e energia. Temos empresas nacionais e internacionais que estão investindo na região, o que irá trazer diversos benefícios locais de médio e longo prazo para o Estado”, afirmou.

A metodologia utilizada no Leilão de Reserva da EPE previu duas fases de negociação. Na primeira, os empreendimentos disputaram a conexão para a transmissão da energia. Segundo a EPE, isso foi necessário porque as substações tem limite de capacidade para escoar a produção das usinas. Num segundo momento, as eólicas ofereceram as melhores tarifas na primeira rodada, dentro da capacidade de cada subestação, disputaram a venda de energia.

O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim elogiou a participação do Piauí no leilão "É importante destacar os projetos no Piauí e no interior da Bahia e lembrar que os parques eólicos têm se mostrado grande vetor em termos de desenvolvimento social", disse Tolmasquim.

A energia eólica foi contratada pela modalidade de quantidade em contratos com duração de 20 anos, com início fixado em 1º de setembro de 2015. Além do Piauí, 28 projetos foram contratados na Bahia sete em Rio Grande do Norte e Pernambuco, seis no Ceará e quatro no Rio Grande do Sul.

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