Anunciada em março de 2010 como solução para os problemas de falta de infraestrutura que atingem o setor de saúde, a construção do Centro de Referência Medica de Picos não saiu do papel. Apesar do anúncio de que os recursos estão garantidos, a obra continua parada e a comunidade cobra providências.
O novo hospital de Picos foi anunciado pelo então governador do estado e atual senador Wellington Dias (PT), em vista a cidade em setembro de 2008. Um ano e meio depois o secretário estadual de Saúde da época e atual deputado federal, Assis Carvalho (PT), apresentou aos picoenses o projeto.
Passados mais de três anos do anúncio praticamente nada foi feito. A obra continua parada e tomada pelo mato. Ao redor do terreno onde deveria ser erguido o Centro de Referência Médica de Picos, percebem-se materiais de construção abandonados e, até mesmo a placa com as informações técnicas já foi parcialmente destruída e corroída pelo tempo.
No último dia 12 de julho o deputado federal Assis Carvalho (PT) participou de um debate com professores, alunos e populares no auditório da Universidade Federal do Piauí, em Picos. Na ocasião ele lamentou o atraso na obra e disse não entender tanta demora, visto que o dinheiro está assegurado e depositado na Caixa Econômica Federal.
“O atraso na construção desse obra tem me incomodado bastante. O serviço foi iniciado na minha gestão como secretário de Saúde. Conseguimos na época 6 milhões de reais e, do então ministro da Saúde José Gomes Temporão recebemos a garantia da liberação dos recursos”, lembrou Assis Carvalho.
Segundo o parlamentar, tão logo foi eleito deputado federal sua primeira emenda, no valor de 34 milhões e 600 mil, ele colocou para o hospital de Picos. O valor da obra seria complementado com a contrapartida de três milhões do governo do estado, totalizando 38 milhões e 600 mil reais.
“Mas, infelizmente, os trâmites burocráticos vêm atrasando bastante esse centro de saúde que referencia quase 500 mil pessoas”, lamenta o deputado Assis Carvalho. Para ele, é necessário sensibilizar o governo do estado para priorizar essa obra.
Assis Carvalho disse ainda que é preciso convocar um grupo técnico para superar essas pendências e assim a construção seja retomada. “O dinheiro está depositado na conta há mais de um ano, enquanto isso a comunidade da região de Picos sofre por falta de uma obra como essa”, comentou.
Cobranças
A diretora da Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos, professora Maria Alveni Barros, disse que após o debate foi formada uma comissão com membros de associação de moradores, entidades de classes e autoridades, para cobrarem dos governantes a retomada das obras do novo hospital.
O vereador picoense José Luís de Carvalho (PSB) considerou o caso como lamentável. Segundo ele, há cerca de cinco anos esse projeto vem se arrastando e não se tem uma definição. Para ele, falta vontade política, aliado a excesso de burocracia, por isso a obra não é executada.
“Picos congrega mais de 40 municípios, mas, infelizmente a coisa não anda. Sabemos da situação precária do Hospital Regional Justino Luz. Aí se começa um novo hospital, mas a obra é paralisada em seguida e com o dinheiro depositado na Caixa, não dá para entender”, decepciona-se o parlamentar.
Para o parlamentar é preciso tratar a saúde de Picos com sinceridade. Segundo ele, vem deputado federal, vem secretário de estado e até o governador do estado garantindo que a obra será retomada, mas fica somente nisso, não resolve, enquanto o povo padece por falta de atendimento.
Promessa
Em visita a Picos no último dia 4 de maio deste ano o secretário estadual de Saúde, Ernani Maia, foi até o local destinado à construção do hospital e garantiu que a obra será retomada. Ele informou que, como a empresa contratada inicialmente para construir o hospital teve o contato cancelado, seria necessário a realização de uma nova licitação prevista para ser concluída em 90 dias.
Caso saia do papel e seguindo o projeto inicial, o Centro de Referência Médica de Picos contará com 284 leitos, sendo 260 de enfermaria e 24 de UTI neonatal, pediátrica e adulto; quatro salas de parto normal, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório, biblioteca e toda uma estrutura de um hospital escola.
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O novo hospital de Picos foi anunciado pelo então governador do estado e atual senador Wellington Dias (PT), em vista a cidade em setembro de 2008. Um ano e meio depois o secretário estadual de Saúde da época e atual deputado federal, Assis Carvalho (PT), apresentou aos picoenses o projeto.
Imagem: José Maria Barros/GP1 Obra foi paralisada ainda no início
Passados mais de três anos do anúncio praticamente nada foi feito. A obra continua parada e tomada pelo mato. Ao redor do terreno onde deveria ser erguido o Centro de Referência Médica de Picos, percebem-se materiais de construção abandonados e, até mesmo a placa com as informações técnicas já foi parcialmente destruída e corroída pelo tempo.
No último dia 12 de julho o deputado federal Assis Carvalho (PT) participou de um debate com professores, alunos e populares no auditório da Universidade Federal do Piauí, em Picos. Na ocasião ele lamentou o atraso na obra e disse não entender tanta demora, visto que o dinheiro está assegurado e depositado na Caixa Econômica Federal.
Imagem: José Maria Barros/GP1Assis Carvalho debate retomada das obras
“O atraso na construção desse obra tem me incomodado bastante. O serviço foi iniciado na minha gestão como secretário de Saúde. Conseguimos na época 6 milhões de reais e, do então ministro da Saúde José Gomes Temporão recebemos a garantia da liberação dos recursos”, lembrou Assis Carvalho.
Segundo o parlamentar, tão logo foi eleito deputado federal sua primeira emenda, no valor de 34 milhões e 600 mil, ele colocou para o hospital de Picos. O valor da obra seria complementado com a contrapartida de três milhões do governo do estado, totalizando 38 milhões e 600 mil reais.
Imagem: José Maria Barros/GP1Estudantes e populares presentes ao debate
“Mas, infelizmente, os trâmites burocráticos vêm atrasando bastante esse centro de saúde que referencia quase 500 mil pessoas”, lamenta o deputado Assis Carvalho. Para ele, é necessário sensibilizar o governo do estado para priorizar essa obra.
Assis Carvalho disse ainda que é preciso convocar um grupo técnico para superar essas pendências e assim a construção seja retomada. “O dinheiro está depositado na conta há mais de um ano, enquanto isso a comunidade da região de Picos sofre por falta de uma obra como essa”, comentou.
Imagem: José Maria Barros/GP1Material abandonado ao lado da obra
Cobranças
A diretora da Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos, professora Maria Alveni Barros, disse que após o debate foi formada uma comissão com membros de associação de moradores, entidades de classes e autoridades, para cobrarem dos governantes a retomada das obras do novo hospital.
O vereador picoense José Luís de Carvalho (PSB) considerou o caso como lamentável. Segundo ele, há cerca de cinco anos esse projeto vem se arrastando e não se tem uma definição. Para ele, falta vontade política, aliado a excesso de burocracia, por isso a obra não é executada.
Imagem: José Maria Barros/GP1Verador diz que falta vontade política
“Picos congrega mais de 40 municípios, mas, infelizmente a coisa não anda. Sabemos da situação precária do Hospital Regional Justino Luz. Aí se começa um novo hospital, mas a obra é paralisada em seguida e com o dinheiro depositado na Caixa, não dá para entender”, decepciona-se o parlamentar.
Para o parlamentar é preciso tratar a saúde de Picos com sinceridade. Segundo ele, vem deputado federal, vem secretário de estado e até o governador do estado garantindo que a obra será retomada, mas fica somente nisso, não resolve, enquanto o povo padece por falta de atendimento.
Promessa
Em visita a Picos no último dia 4 de maio deste ano o secretário estadual de Saúde, Ernani Maia, foi até o local destinado à construção do hospital e garantiu que a obra será retomada. Ele informou que, como a empresa contratada inicialmente para construir o hospital teve o contato cancelado, seria necessário a realização de uma nova licitação prevista para ser concluída em 90 dias.
Imagem: José Maria Barros/GP1Secretário de Saúde garante retomada da obra
Caso saia do papel e seguindo o projeto inicial, o Centro de Referência Médica de Picos contará com 284 leitos, sendo 260 de enfermaria e 24 de UTI neonatal, pediátrica e adulto; quatro salas de parto normal, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório, biblioteca e toda uma estrutura de um hospital escola.
Imagem: José Maria Barros/GP1Vista parcial da obra abandonada
Imagem: José Maria Barros/GP1Restos de materiais
Imagem: José Maria Barros/GP1Até a placa com as informações técnicas já está corroída
Imagem: José Maria Barros/GP1Materiais abandonados
Imagem: José Maria Barros/GP1 Obra foi paralisada ainda no início
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