Aprimorar os conhecimentos e técnicas no processo de captação de órgãos da equipe do Hospital Getúlio Vargas (HGV), este foi o objetivo do Curso de Capacitação de Equipe Multiprofissional na Cirurgia de Retirada de Órgãos Abdominais para Transplantes, que aconteceu nos dias 6 e 7 de junho. O curso foi ministrado pelo médico e professor de medicina cirúrgica da Universidade de Pernambuco (UPE), Bernardo David Sabat, e contou com a participação de médicos cirurgiões, enfermeiros e instrumentadores cirúrgicos.
A programação teórica foi marcada por palestras, debates e videoconferências, que tiveram como foco expandir as informações da equipe de profissionais, permitindo uma melhor organização do trabalho e a ampliação de conhecimentos dentro do processo de captação de órgãos. A parte prática aconteceu em uma clínica veterinária de Teresina e no Centro Cirúrgico do HGV, durante a qual foi realizada uma captação de múltiplos órgãos.
Segundo o enfermeiro da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), Flávio Bastos, o doador foi um homem de 45 anos, com morte encefálica provocada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O coração foi enviado para o Banco de Válvas Cardíacas Humanas da Santa Casa de Curitiba, no estado do Paraná, enquanto que o fígado foi para o Rio de Janeiro. Os rins e as córneas ficaram no Piauí. Um dos rins foi transplantado, no sábado (09), pela equipe de transplantes do HGV em uma jovem de 22 anos.
De acordo com o coordenador da equipe de Retirada de Múltiplos Órgãos do HGV, Wellington Ribeiro, o treinamento foi uma oportunidade de profissionalizar ainda mais o processo de captação de órgãos no Estado. “O evento serviu para otimizar os conhecimentos da equipe de profissionais do Hospital Getúlio Vargas, pois o sucesso de uma captação depende, sobretudo, da qualificação da equipe multiprofissional envolvida no processo", enfatiza.
Para o médico Bernardo Sabat, a cirurgia para retirada de múltiplos órgãos para transplantes, em doadores com morte encefálica, constitui-se em um modelo ímpar de procedimento cirúrgico. Pois necessita do desenvolvimento de conhecimentos técnicos especializados, do esforço de uma equipe multiprofissional, de infraestrutura apropriada, do manuseio de equipamentos e materiais específicos e da observação de normas institucionais.
Ele explica que diferentemente dos procedimentos cirúrgicos terapêuticos convencionais, que são indicados e realizados com base preponderante em conhecimentos científicos, as cirurgias realizadas no doador de múltiplos órgãos deve satisfazer, obrigatoriamente, a inúmeros preceitos, que são determinados por leis específicas.
“Sua efetivação está na dependência de várias condições pré-estabelecidas. Como a confirmação do estado de morte encefálica, autorização da família para a doação, a identificação do possível receptor e a aprovação, pela equipe transplantadora, do tipo de doador e da qualidade do órgão”, disse Bernardo Sabat.
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Imagem: Solinan BarbosaCurso de Capacitação de Equipe Multiprofissional na Cirurgia de Retirada de Órgãos Abdominais.
A programação teórica foi marcada por palestras, debates e videoconferências, que tiveram como foco expandir as informações da equipe de profissionais, permitindo uma melhor organização do trabalho e a ampliação de conhecimentos dentro do processo de captação de órgãos. A parte prática aconteceu em uma clínica veterinária de Teresina e no Centro Cirúrgico do HGV, durante a qual foi realizada uma captação de múltiplos órgãos.
Segundo o enfermeiro da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), Flávio Bastos, o doador foi um homem de 45 anos, com morte encefálica provocada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O coração foi enviado para o Banco de Válvas Cardíacas Humanas da Santa Casa de Curitiba, no estado do Paraná, enquanto que o fígado foi para o Rio de Janeiro. Os rins e as córneas ficaram no Piauí. Um dos rins foi transplantado, no sábado (09), pela equipe de transplantes do HGV em uma jovem de 22 anos.
De acordo com o coordenador da equipe de Retirada de Múltiplos Órgãos do HGV, Wellington Ribeiro, o treinamento foi uma oportunidade de profissionalizar ainda mais o processo de captação de órgãos no Estado. “O evento serviu para otimizar os conhecimentos da equipe de profissionais do Hospital Getúlio Vargas, pois o sucesso de uma captação depende, sobretudo, da qualificação da equipe multiprofissional envolvida no processo", enfatiza.
Para o médico Bernardo Sabat, a cirurgia para retirada de múltiplos órgãos para transplantes, em doadores com morte encefálica, constitui-se em um modelo ímpar de procedimento cirúrgico. Pois necessita do desenvolvimento de conhecimentos técnicos especializados, do esforço de uma equipe multiprofissional, de infraestrutura apropriada, do manuseio de equipamentos e materiais específicos e da observação de normas institucionais.
Ele explica que diferentemente dos procedimentos cirúrgicos terapêuticos convencionais, que são indicados e realizados com base preponderante em conhecimentos científicos, as cirurgias realizadas no doador de múltiplos órgãos deve satisfazer, obrigatoriamente, a inúmeros preceitos, que são determinados por leis específicas.
“Sua efetivação está na dependência de várias condições pré-estabelecidas. Como a confirmação do estado de morte encefálica, autorização da família para a doação, a identificação do possível receptor e a aprovação, pela equipe transplantadora, do tipo de doador e da qualidade do órgão”, disse Bernardo Sabat.
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