O Portal GP1 recebeu uma denúncia contra a empresa Insolo Agroindustrial. O denunciante José Uliano Camilo contou à reportagem do GP1 sobre a disputa de terras na região de Baixa Grande do Ribeiro e ameaças que as famílias estão sofrendo.
José contou que: "Nós compramos terras do Estado, no ano de 2006 o Estado repassou para nós títulos de concessão de direito real de uso, em 2009 a Assembleia Legislativa do Piauí criou uma lei de vendas de terras do estado do Piauí e foi sancionada pelo governador, em 2010 o Estado vendeu essa terra. Nós compramos e pagamos conforme a lei".
"Antes da Insolo, tinha um grupo chamado Sorotivo Agropecuária, que era de um holandês e que vendeu essa terra pro grupo Insolo. Agora, o que mais estranha pra nós e que fizemos até uma denúncia no Ministério Público é que tem uma lei nacional que o estrangeiro não pode ter uma certa quantidade de terras, daí esse holandês fez uma parceria em que ele tinha 99,99% e um brasileiro tinha 0,01% dessa terra, pra nós isso é fraudar a lei. E isso ninguém investigou, ninguém fez nada, a gente denunciou isto, mas até agora não fizeram nada", explicou Camilo.
O denunciante contou quando começaram as disputas pela terra: "A partir do momento que a Insolo comprou essa terra desse grupo holandês, ela vem ameaçando, quebrando cerrado sem licença, ela já quebrou mais de 15 mil hectares sem licença, e área que é do estado que vendeu pra nós. A Insolo tá dizendo que a terra que nós compramos do Estado é a mesma que eles compraram do holandês. Essa é uma briga da justiça da Insolo contra o Estado, e nós estamos sofrendo com isso, algumas pessoas conseguiram plantar feijão e a insolo tá lá com segurança armada dizendo que vai destruir toda a plantação".
"No ano passado a Insolo fez isso, ela destruiu toda a plantação lá, destruiu casas de proprietários lá, barracões, máquinas. A nossa indignação maior é que o Interpi, que é o órgão do estado que deve tomar essas providências, por que o Estado vendeu e nós temos o direito seguro, compramos as terras do estado, pagamos dentro da lei e a gente quer produzir e o Estado tá muito lento, principalmente através do Interpi, nós precisamos de uma resposta", criticou.
Segundo Camilo, cerca de 50 famílias possuem 350 hectares de terra cada uma: "Muitas famílias já voltaram, por que desde 2006 não conseguimos plantar, muitos conseguiram plantar no começo, depois foi embargado pela justiça com liminares e principalmente pelas ameaças da Insolo com segurança armada".
"Há 2 anos atrás a Polícia Federal proibiu qualquer grupo de ter segurança armada na área do conflito lá e há 3 semanas nós fomos surpreendidos com a CET-SEG lá dentro, com um trailer no meio da área, nos proibindo inclusive de passar em estrada pública lá dentro da área e até de fotografar. A responsabilidade da guarda e segurança da área é do Estado", finalizou.
Outro lado
Em entrevista ao GP1, o presidente da empresa Insolo, Salomão Ioshpe, declarou que todas as denúncias são falsas, pois a entidade conseguiu decisões judiciais favoráveis sobre a posse do local, e que vai tomar as devidas providências contra os denunciantes.
“Não tem destruição, não tem ameaça, todas essas informações são mentiras. Foram emitidos títulos em cima da nossa fazenda para “laranjas” e de acordo com as decisões da Justiça Federal e da própria Justiça do Piauí, os títulos que o Estado emitiu estão nulos, nem deviam ter sido emitidos”, disse o presidente.
“Os títulos foram emitidos por meios fraudulentos, tivemos decisões a nosso favor. Sobre a questão fática, não teve nenhuma destruição, tudo isso é uma mentira e vamos tomar a devida providência para denunciar essas pessoas por calúnia. Isso é o que essas pessoas fazem, soltam notícias falsas, a companhia tem litígio com essas pessoas. É uma fazenda grande e teve gente que entrou armada, mas não vamos permitir depredação das nossas máquinas ou ameaças”, explicou.
Salomão explicou que a fazenda possui uma equipe de segurança para proteger o local. “A fazenda produz soja, algodão, milho, são 30 mil hectares de produção, temos máquinas, 400 colaboradores, obviamente para guardar nosso patrimônio tem vigilância. A gente guarda nossos tratores, nossa sede, não tem nada de destruição, não tem jagunço, é uma companhia que faz proteção patrimonial. Só indo lá para conhecer de perto a realidade”, finalizou.
O advogado da empresa, Joaquim Barbosa de Almeida, reiterou as explicações do presidente da empresa e comentou sobre as decisões favoráveis à Insolo. “Há uma decisão da Justiça Federal anulando todos os títulos emitidos, uma decisão estadual garantindo posse da Insolo e uma decisão anulando completamente o processo contra a empresa”, disse.
Segundo o advogado, a denúncia não procede, pois não existe nenhuma plantação no local. “Essa denúncia de depredação e ameaça é a mais absoluta mentira, porque lá nunca plantaram nada. A Insolo é a maior produtora de soja do Piauí, empresa que oferece trabalho com carteira assinada para mais de 300 trabalhadores, uma grande estrutura de agronegócio”, disse.
O advogado finalizou dizendo que a Secretaria de Meio Ambiente foi proibida de conceder licença ambiental para o local. “Esses que denunciam conseguiram títulos através de ações fraudulentas, houve pedido de abertura de sindicância pelo próprio Interpi. Todos os títulos emitidos foram anulados e essa decisão foi registrada em cartório, nenhum está valendo e ainda há uma liminar que proíbe a Semar de conceder licença ambiental na região”, esclareceu.
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José contou que: "Nós compramos terras do Estado, no ano de 2006 o Estado repassou para nós títulos de concessão de direito real de uso, em 2009 a Assembleia Legislativa do Piauí criou uma lei de vendas de terras do estado do Piauí e foi sancionada pelo governador, em 2010 o Estado vendeu essa terra. Nós compramos e pagamos conforme a lei".
Imagem: Wanessa Gommes/GP1José Uliano
"Antes da Insolo, tinha um grupo chamado Sorotivo Agropecuária, que era de um holandês e que vendeu essa terra pro grupo Insolo. Agora, o que mais estranha pra nós e que fizemos até uma denúncia no Ministério Público é que tem uma lei nacional que o estrangeiro não pode ter uma certa quantidade de terras, daí esse holandês fez uma parceria em que ele tinha 99,99% e um brasileiro tinha 0,01% dessa terra, pra nós isso é fraudar a lei. E isso ninguém investigou, ninguém fez nada, a gente denunciou isto, mas até agora não fizeram nada", explicou Camilo.
O denunciante contou quando começaram as disputas pela terra: "A partir do momento que a Insolo comprou essa terra desse grupo holandês, ela vem ameaçando, quebrando cerrado sem licença, ela já quebrou mais de 15 mil hectares sem licença, e área que é do estado que vendeu pra nós. A Insolo tá dizendo que a terra que nós compramos do Estado é a mesma que eles compraram do holandês. Essa é uma briga da justiça da Insolo contra o Estado, e nós estamos sofrendo com isso, algumas pessoas conseguiram plantar feijão e a insolo tá lá com segurança armada dizendo que vai destruir toda a plantação".
"No ano passado a Insolo fez isso, ela destruiu toda a plantação lá, destruiu casas de proprietários lá, barracões, máquinas. A nossa indignação maior é que o Interpi, que é o órgão do estado que deve tomar essas providências, por que o Estado vendeu e nós temos o direito seguro, compramos as terras do estado, pagamos dentro da lei e a gente quer produzir e o Estado tá muito lento, principalmente através do Interpi, nós precisamos de uma resposta", criticou.
Segundo Camilo, cerca de 50 famílias possuem 350 hectares de terra cada uma: "Muitas famílias já voltaram, por que desde 2006 não conseguimos plantar, muitos conseguiram plantar no começo, depois foi embargado pela justiça com liminares e principalmente pelas ameaças da Insolo com segurança armada".
"Há 2 anos atrás a Polícia Federal proibiu qualquer grupo de ter segurança armada na área do conflito lá e há 3 semanas nós fomos surpreendidos com a CET-SEG lá dentro, com um trailer no meio da área, nos proibindo inclusive de passar em estrada pública lá dentro da área e até de fotografar. A responsabilidade da guarda e segurança da área é do Estado", finalizou.
Outro lado
Em entrevista ao GP1, o presidente da empresa Insolo, Salomão Ioshpe, declarou que todas as denúncias são falsas, pois a entidade conseguiu decisões judiciais favoráveis sobre a posse do local, e que vai tomar as devidas providências contra os denunciantes.
Imagem: ReproduçãoInsolo Agropecuária
“Não tem destruição, não tem ameaça, todas essas informações são mentiras. Foram emitidos títulos em cima da nossa fazenda para “laranjas” e de acordo com as decisões da Justiça Federal e da própria Justiça do Piauí, os títulos que o Estado emitiu estão nulos, nem deviam ter sido emitidos”, disse o presidente.
“Os títulos foram emitidos por meios fraudulentos, tivemos decisões a nosso favor. Sobre a questão fática, não teve nenhuma destruição, tudo isso é uma mentira e vamos tomar a devida providência para denunciar essas pessoas por calúnia. Isso é o que essas pessoas fazem, soltam notícias falsas, a companhia tem litígio com essas pessoas. É uma fazenda grande e teve gente que entrou armada, mas não vamos permitir depredação das nossas máquinas ou ameaças”, explicou.
Salomão explicou que a fazenda possui uma equipe de segurança para proteger o local. “A fazenda produz soja, algodão, milho, são 30 mil hectares de produção, temos máquinas, 400 colaboradores, obviamente para guardar nosso patrimônio tem vigilância. A gente guarda nossos tratores, nossa sede, não tem nada de destruição, não tem jagunço, é uma companhia que faz proteção patrimonial. Só indo lá para conhecer de perto a realidade”, finalizou.
O advogado da empresa, Joaquim Barbosa de Almeida, reiterou as explicações do presidente da empresa e comentou sobre as decisões favoráveis à Insolo. “Há uma decisão da Justiça Federal anulando todos os títulos emitidos, uma decisão estadual garantindo posse da Insolo e uma decisão anulando completamente o processo contra a empresa”, disse.
Segundo o advogado, a denúncia não procede, pois não existe nenhuma plantação no local. “Essa denúncia de depredação e ameaça é a mais absoluta mentira, porque lá nunca plantaram nada. A Insolo é a maior produtora de soja do Piauí, empresa que oferece trabalho com carteira assinada para mais de 300 trabalhadores, uma grande estrutura de agronegócio”, disse.
O advogado finalizou dizendo que a Secretaria de Meio Ambiente foi proibida de conceder licença ambiental para o local. “Esses que denunciam conseguiram títulos através de ações fraudulentas, houve pedido de abertura de sindicância pelo próprio Interpi. Todos os títulos emitidos foram anulados e essa decisão foi registrada em cartório, nenhum está valendo e ainda há uma liminar que proíbe a Semar de conceder licença ambiental na região”, esclareceu.
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