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Filha de servidora morta na Adapi diz que foi iludida pelas propagandas da Lei Maria da Penha

Patrícia Sousa apareceu pela primeira vez em público após a morte da mãe em janeiro deste ano

 Em sua primeira aparição pública após a morte de Ione Sousa, encontrada morta em janeiro no município Santo Antônio de Lisboa, a filha da servidora da Adapi, Patrícia Sousa, criticou a Lei Maria da Penha, os órgãos de justiça e segurança do Estado durante audiência realizada nesta terça-feira (02) na Assembleia Legislativa do Piauí.

“Vivi mais de 11 anos com um homem que me agredia, denunciei o agressor e não recebi nenhuma assistência da delegacia, solicitei proteção ao Ministério Público que também não me ajudou, ou seja, fui iludida pelas propagandas da Lei Maria da Penha”, disse Patrícia.

Imagem: Valciãn Calixto/GP1Patrícia Sousa, filha de Ione Sousa, servidora da Adapi morta em janeiro de 2013(Imagem:Valciãn Calixto/GP1)Patrícia Sousa, filha de Ione Sousa, servidora da Adapi morta em janeiro de 2013

A filha de Ione afirma que foi prejudicada pela Justiça do Estado. “Em processos judiciais perdi bens que conquistei mais do que ele [marido e suposto assassino de sua mãe] durante o casamento, perdi a guarda de um dos meus filhos e não podia permitir que meus filhos fossem separados assim, fugi de casa para proporcionar uma vida melhor para eles”, contou.

Imagem: Valciãn Calixto/GP1Audiência na Alepi(Imagem:Valciãn Calixto/GP1)Audiência na Alepi

Patrícia assegura que não irá desistir de lutar por justiça no caso de sua mãe, cujo acusado pelo assassinato é seu ex-marido, que de acordo com relatos, não teria aceitado o fim do casamento. “Me espelhando na minha mãe é que eu peço por favor, que a justiça seja feita e que o assassino seja punido para servir de exemplo ao Estado”, concluiu.

Imagem: Valciãn Calixto/GP1Patrícia Sousa(Imagem:Valciãn Calixto/GP1)Patrícia Sousa

Ione Sousa foi fundadora da União das Mulheres Piauienses de Picos. Durante a audiência, Lourdes Melo (PCO), representante da UMP, cobrou agilidade na solução do caso. “O delegado que acompanha as investigações em Picos tem nos ouvido, porém não resolvido a investigação", disse.

Imagem: Valciãn Calixto/GP1Lourdes Melo, representante da UMP(Imagem:Valciãn Calixto/GP1)Lourdes Melo, representante da UMP

Lourdes Melo falou ainda sobre a atual situação da família de Patrícia. “O pai de Ione ficou em Picos, a família que era unida teve que se separar, os irmãos estão espalhados em capitais diversas do país com medo de que algo lhes possa acontecer e as crianças não estão sendo permitidas estudarem pela Sasc, que cuida da casa de abrigo onde Patrícia atualmente está alojada”, encerrou.

Patrícia informou ainda que diante do acontecido, está sem residência e sem emprego para criar os filhos, fator que era subsidiado pela mãe Ione.

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