O presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e Segurança Pública) Vilobaldo Adelídio de Carvalho está sendo acusado, pela oposição, de desviar quase R$ 500 mil reais da conta de precatório de todos os associados beneficiários.
Segundo o tesoureiro do Sindicato, Rogaciano Veloso, o Sinpoljuspi ganhou um precatório no valor de R$ 2.429.830,57 líquidos que deveria ser dividido entre os 1.126 associados, valor esse correspondente ao salário e ao 13º do mês de dezembro de 1994 que o Governo Guilherme Melo deixou de pagar.
De acordo com Rogaciano, dos quase R$ 2,5 milhões, foram pagos os 3% para o sindicato que somaram R$ 96.500,00 e os associados só receberam R$ 1.828.062,17, e o dinheiro restante R$ 444.267,40 teve um desvio de finalidade: “Esses R$ 444 mil foram tirados da conta do Banco do Brasil, da conta do precatório para a conta do Sinpoljuspi no Juriscredi”, denunciou Rogaciano.
“Hoje, no Banco do Brasil tem R$ 61 mil reais, tinha 66 pessoas pra receber e me parece que já foram pagos 4 ou foram 5 pessoas, então o dinheiro pra pagar as pessoas que ainda estão faltando está lá no banco”, contou.
Em 2011 foram transferidos da conta do Banco do Brasil o total de R$ 294.864,80 e em 2012 o valor que teve desvio de finalidade foi de R$ 245.902,60. “Todos esses valores foram transferidos da conta dos precatórios para a conta do Sindicato”, relatou o denunciante.
Rogaciano afirma que: “Houve um desvio de finalidade, o dinheiro não foi entregue a quem de direito devia receber, o que não deixa de ser grave”.
Veja abaixo a tabela das transferências
“O presidente contratou um contador e fez esses cálculos e o estranho é que o Sinpoljuspi transferiu quase meio milhão de um recurso que no nosso entendimento não pertence ao sindicato, mas sim aos 1.126 precatorianos. Para que isso não se torne falácia veja a tabela dos cheques e do valor do precatório”, afirmou Rogaciano.
Rogaciano denunciou ainda que: “Eu, enquanto tesoureiro, nunca tive acesso à lista dos beneficiários do precatório, reclamei, pedi e nunca tive acesso. Quando não me deram, eu fiz dois documentos, um ao Ministério Público e outro ao presidente do Tribunal de Justiça, dizendo que eu já tinha assinado e ia continuar assinando, mas que eu não me responsabilizaria por fraude, erro ou vício que pudesse acontecer na distribuição desses recursos, por que quem contratou o profissional foi ele [Vilobaldo], quem fez tudo foi o presidente”.
“O grande problema é que tem policial civil, agente penitenciário e também do quadro de apoio policial da Secretaria de Segurança, mas as pessoas vão querer receber esse dinheiro, esse dinheiro não é do sindicato, esse dinheiro é dos associados que estão na lista do precatório”, disse Veloso.
Rogaciano afirma ainda que: “O mais grave de tudo é que hoje o Sinpoljuspi não tem condições de devolver esse recurso aos seus verdadeiros donos, pois não há dinheiro para cobrir essa vultosa soma”.
Gestão Jacinto Teles
O precatório foi ganho ainda durante a gestão de Jacinto Teles como presidente do Sinpoljuspi. "Esse precatório foi ganho na minha gestão e eu sou um dos beneficiários. Nós ganhamos à custo de muita luta. É justo que o atual presidente [Vilobaldo] distribua o dinheiro de forma regular. Não existe sobra de precatório. Esse dinheiro não deveria ter saído da conta do precatório. Mesmo que o presidente diga que "eu paguei conta A ou B", mesmo assim ele tinha que ter tirado da contribuição mensal dos associados e não da conta do precatório. Esse dinheiro é nosso e nós queremos recebê-lo"
Sinpolpi
Constantino Júnior, que é membro da diretoria do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis do Piauí), é também um dos beneficiários do precatório. Constantino contou à reportagem do GP1 que quando houve o desmembramento, o Sinpolpi se habilitou para que a parte correspondente aos policiais civis fosse administrada pelo Sinpolpi: “O Sinpoljuspi disse que isso atrapalharia no pagamento e contestou o pedido. O presidente do Tribunal de Justiça chamou os dois sindicatos e chegamos a um acordo que o Sinpoljuspi ficaria responsável e que prestaria contas ao Sinpolpi”, relatou.
Ainda segundo Constantino, o Sinpolpi vai ingressar em juízo para pedir que o Sinpoljuspi preste contas: “Se as contas não estiverem condizentes, vamos representar contra os responsáveis criminalmente”, afirmou.
O outro lado
A reportagem do GP1 tentou contato com o presidente Vilobaldo Carvalho através de três números de celular, mas dois dão desligados e outro chama e ninguém atende.
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Imagem: Germana Chaves / GP1Vilobaldo Carvalho
Segundo o tesoureiro do Sindicato, Rogaciano Veloso, o Sinpoljuspi ganhou um precatório no valor de R$ 2.429.830,57 líquidos que deveria ser dividido entre os 1.126 associados, valor esse correspondente ao salário e ao 13º do mês de dezembro de 1994 que o Governo Guilherme Melo deixou de pagar.
De acordo com Rogaciano, dos quase R$ 2,5 milhões, foram pagos os 3% para o sindicato que somaram R$ 96.500,00 e os associados só receberam R$ 1.828.062,17, e o dinheiro restante R$ 444.267,40 teve um desvio de finalidade: “Esses R$ 444 mil foram tirados da conta do Banco do Brasil, da conta do precatório para a conta do Sinpoljuspi no Juriscredi”, denunciou Rogaciano.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Rogaciano Veloso
“Hoje, no Banco do Brasil tem R$ 61 mil reais, tinha 66 pessoas pra receber e me parece que já foram pagos 4 ou foram 5 pessoas, então o dinheiro pra pagar as pessoas que ainda estão faltando está lá no banco”, contou.
Em 2011 foram transferidos da conta do Banco do Brasil o total de R$ 294.864,80 e em 2012 o valor que teve desvio de finalidade foi de R$ 245.902,60. “Todos esses valores foram transferidos da conta dos precatórios para a conta do Sindicato”, relatou o denunciante.
Rogaciano afirma que: “Houve um desvio de finalidade, o dinheiro não foi entregue a quem de direito devia receber, o que não deixa de ser grave”.
Veja abaixo a tabela das transferências
Imagem: ReproduçãoTabela de cheques 2011
Imagem: ReproduçãoTabela de cheques 2012
“O presidente contratou um contador e fez esses cálculos e o estranho é que o Sinpoljuspi transferiu quase meio milhão de um recurso que no nosso entendimento não pertence ao sindicato, mas sim aos 1.126 precatorianos. Para que isso não se torne falácia veja a tabela dos cheques e do valor do precatório”, afirmou Rogaciano.
Rogaciano denunciou ainda que: “Eu, enquanto tesoureiro, nunca tive acesso à lista dos beneficiários do precatório, reclamei, pedi e nunca tive acesso. Quando não me deram, eu fiz dois documentos, um ao Ministério Público e outro ao presidente do Tribunal de Justiça, dizendo que eu já tinha assinado e ia continuar assinando, mas que eu não me responsabilizaria por fraude, erro ou vício que pudesse acontecer na distribuição desses recursos, por que quem contratou o profissional foi ele [Vilobaldo], quem fez tudo foi o presidente”.
“O grande problema é que tem policial civil, agente penitenciário e também do quadro de apoio policial da Secretaria de Segurança, mas as pessoas vão querer receber esse dinheiro, esse dinheiro não é do sindicato, esse dinheiro é dos associados que estão na lista do precatório”, disse Veloso.
Rogaciano afirma ainda que: “O mais grave de tudo é que hoje o Sinpoljuspi não tem condições de devolver esse recurso aos seus verdadeiros donos, pois não há dinheiro para cobrir essa vultosa soma”.
Gestão Jacinto Teles
O precatório foi ganho ainda durante a gestão de Jacinto Teles como presidente do Sinpoljuspi. "Esse precatório foi ganho na minha gestão e eu sou um dos beneficiários. Nós ganhamos à custo de muita luta. É justo que o atual presidente [Vilobaldo] distribua o dinheiro de forma regular. Não existe sobra de precatório. Esse dinheiro não deveria ter saído da conta do precatório. Mesmo que o presidente diga que "eu paguei conta A ou B", mesmo assim ele tinha que ter tirado da contribuição mensal dos associados e não da conta do precatório. Esse dinheiro é nosso e nós queremos recebê-lo"
Imagem: ReproduçãoTabela com o valor do precatório
Sinpolpi
Constantino Júnior, que é membro da diretoria do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis do Piauí), é também um dos beneficiários do precatório. Constantino contou à reportagem do GP1 que quando houve o desmembramento, o Sinpolpi se habilitou para que a parte correspondente aos policiais civis fosse administrada pelo Sinpolpi: “O Sinpoljuspi disse que isso atrapalharia no pagamento e contestou o pedido. O presidente do Tribunal de Justiça chamou os dois sindicatos e chegamos a um acordo que o Sinpoljuspi ficaria responsável e que prestaria contas ao Sinpolpi”, relatou.
Ainda segundo Constantino, o Sinpolpi vai ingressar em juízo para pedir que o Sinpoljuspi preste contas: “Se as contas não estiverem condizentes, vamos representar contra os responsáveis criminalmente”, afirmou.
O outro lado
A reportagem do GP1 tentou contato com o presidente Vilobaldo Carvalho através de três números de celular, mas dois dão desligados e outro chama e ninguém atende.
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