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Governo já investiu mais de R$ 8 milhões em assentamentos em 2012 no Piauí

O Estado tem um dos melhores programas de apoio à produção familiar do Brasil e até o fim do ano serão mais de mil famílias

O trabalho de mais de trinta anos na terra dos patrões rendeu muitos calos na mão e experiência de vida. Hoje, seu José se considera realizado pelo simples fato de em toda a vida nunca ter faltado comida na mesa, mais sentia que ainda faltava alguma coisa. “Faltava aquele cantinho só meu e da minha família onde tudo que a gente plantasse era fruto do nosso esforço e trabalho, um cantinho só nosso”, disse José Francisco de Araújo, de 58 anos, morador do assentamento 17 de Abril na Zona Rural de Teresina.
Imagem: Francisco GilásioAssentamento 17 de Abril (Imagem:Francisco Gilásio)Assentamento 17 de Abril
Ano passado, seu José e a mulher, dona Raimunda, plantaram e colheram oito toneladas de melancia, sem contar com a produção de milho e feijão. Uma oportunidade, segundo eles, difícil de imaginar com a vida que levavam antigamente. “Era tudo muito difícil, a gente trabalhava para os outros, e quem iria imaginar ter uma terra dessa fértil e irrigada para a gente, essa é a maior maravilha de Deus”, frisou Raimunda Vieira.

A realidade do casal é a mesma de muitas famílias que vivem da agricultura familiar no Piauí. O Estado tem um dos maiores e melhores programas de apoio à produção familiar do Brasil. Até o fim do ano serão mais de mil famílias beneficiadas em 40 assentamentos. O programa é uma parceria entre o Governo do Estado e o Fundo de Terras e da Reforma Agrária.

Para o governador Wilson Martins, famílias como a de seu José tem um papel muito importante para a agricultura piauiense. Segundo ele, são das terras dessas famílias que saem a maior parte da produção agrícola das feiras nos municípios e nada mais justo do que dar condições para esses piauienses. “A cada dia procuramos modernizar as condições oferecidas à população rural, ampliando o número de assentamentos. O investimento deve ser direcionado para o campo, assim, essas famílias terão condições de produzir ainda mais”, ressaltou o governador do Piauí.

Os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprovam a força da agricultura familiar no Piauí. Ela é responsável pela maior parte da produção de milho, arroz e feijão. Só para se ter uma ideia, a previsão dada pela Conab é de safra recorde na produção de milho no Piauí, até o final da safra a estimativa é de aproximadamente 800 mil toneladas, 260 mil hectares só dos pequenos produtores familiares.

As casas dos assentamentos possuem cisternas e energia elétrica, além de toda infraestrutura necessária para uma família viver e morar com dignidade. O secretário de Desenvolvimento Rural, Rubem Martins, cita que essas famílias passaram a viver melhor e ter maior participação na agricultura ou pecuária piauiense. “Essas famílias são beneficiadas com moradia, abastecimento de água, energia elétrica e crédito produtivo. É um conjunto de ações que incentiva a produção. O melhor investimento que podemos dar ao homem do campo é o seu local de trabalho, mas para isso também precisamos oferecer condições necessárias de crédito para que ele possa fazer um trabalho proveitoso”.

De janeiro a julho já foram aplicados mais de R$ 8 milhões em 12 assentamentos nos municípios de Prata do Piauí, Beneditinos, Campo Maior, Capitão de Campos, Colônia do Piauí, Flores do Piauí, Gilbués, Itaueira, Nova Santa Rita, Oeiras, Paquetá e Sigefredo Pacheco. Em todos os assentamentos a qualidade de vida do piauiense do campo melhorou expressivamente, hoje são 374 famílias que mudaram de nível social, algumas saíram da condição de extrema pobreza e já são pequenos produtores com renda superior a dois salários mínimos.

“Não basta só colocar as famílias nos assentamentos é preciso oferecer condições para elas, o Governo do Estado oferece o Crédito Produtivo para intensificar a exploração agropecuária, pessoas interessadas em produzir e melhorar de vida com o próprio negócio”, diz o diretor da Unidade Técnica do Crédito Fundiário, Rui Cipriano de Araújo.

A colheita da melancia de seu José e de dona Raimunda está prevista para a primeira quinzena de setembro, a expectativa é de superar a produção do ano passado. “A gente sabe que as coisas vão caminhando quando acontece isso, plantamos mais sementes e vamos colher mais melancias, é de ficar alegre ou não?” Além disso, temos a melhor melancia do mundo”, brinca o lavrador.

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