Na tarde de terça-feira, 27, o Plenarinho da Assembleia Legislativa do Piauí foi palco de uma acalorada discussão a respeito da forma de ingresso ao ensino superior da Universidade Estadual do Piauí - UESPI. De um lado, o reitor da instituição, Carlos Alberto Pereira, com o apoio do deputado petista João de Deus, defendeu a adesão ao ENEM - SiSU. Do outro, o deputado Antônio Félix (PSD), apoiado pela maioria dos deputados presentes, contrário à novidade.
Antônio Félix, autor do requerimento, apontou como principal preocupação a ocupação das vagas da UESPI por estudantes vindos de outros estados, o que poderia ocasionar, a longo prazo, uma escassez profissional, visto que, após a formatura, os estudantes tendem a regressar aos estados de origem. "A situação é preocupante e merece debate. No curso de Veterinária da Universidade Federal do Piauí, no campus de Bom Jesus, por exemplo, 90% das vagas do vestibular deste ano foram ocupadas por alunos de outros estados, que ocuparam vagas que deveriam atender aos estudantes que, futuramente, beneficiariam a região. Então, essa discussão é de suma importância para toda a sociedade", justificou.
Em apoio à Félix, o deputado Firmino Filho (PSDB) disse: "O Piauí precisa ter gente qualificada para fazer as transformações que a nossa sociedade necessita, por isso a UESPI foi criada. Hoje, com o vestibular no formato atual, existe uma proteção natural aos nossos alunos. Com a adesão ao SiSU, o aluno do Paraná, por exemplo, que não ingressou nas universidades de lá, virá competir, de maneira injusta, com os alunos da escola pública daqui. Então acredito que essa proteção aos piauienses deve ser estimulada", disse.
O reitor Carlos Alberto Pereira acredita que o problema não está no sistema de seleção, mas na distorção que existe na Educação Básica. "O Conselho Universitário decidiu por unanimidade à adesão por entender ao ENEM-SiSU é um importante componente para vencer o atraso e a distorção que há na Educação Básica. Hoje mais de cem instituições aderiram e nenhuma voltou atrás, ao contrário, as que aderiram apenas percentualmente, passaram à totalidade. Entendemos que as vagas nas universidades são para o cidadão brasileiro", afirmou.
Membros do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), do Centro Colegial de Estudantes Piauienses, da administração da UESPI e deputados trocaram ideias favoráveis e contrárias. Por fim, ficou decidido que uma comissão de deputados, presidida por Antônio Félix, deverá avaliar a experiência da Universidade Federal, para avaliar os prós e contras que a adesão trouxe à instituição. Uma reunião deverá ser agendada com o reitor da UFPI nos próximos dias. Após o estudo dos dados estatísticos, uma nova audiência pública será marcada, ainda no mês de abril, para que o debate possa ser retomado. A UESPI se comprometeu a aguardar a nova audiência para, então, tomar a decisão final.
Antônio Félix, autor do requerimento, apontou como principal preocupação a ocupação das vagas da UESPI por estudantes vindos de outros estados, o que poderia ocasionar, a longo prazo, uma escassez profissional, visto que, após a formatura, os estudantes tendem a regressar aos estados de origem. "A situação é preocupante e merece debate. No curso de Veterinária da Universidade Federal do Piauí, no campus de Bom Jesus, por exemplo, 90% das vagas do vestibular deste ano foram ocupadas por alunos de outros estados, que ocuparam vagas que deveriam atender aos estudantes que, futuramente, beneficiariam a região. Então, essa discussão é de suma importância para toda a sociedade", justificou.
Em apoio à Félix, o deputado Firmino Filho (PSDB) disse: "O Piauí precisa ter gente qualificada para fazer as transformações que a nossa sociedade necessita, por isso a UESPI foi criada. Hoje, com o vestibular no formato atual, existe uma proteção natural aos nossos alunos. Com a adesão ao SiSU, o aluno do Paraná, por exemplo, que não ingressou nas universidades de lá, virá competir, de maneira injusta, com os alunos da escola pública daqui. Então acredito que essa proteção aos piauienses deve ser estimulada", disse.
O reitor Carlos Alberto Pereira acredita que o problema não está no sistema de seleção, mas na distorção que existe na Educação Básica. "O Conselho Universitário decidiu por unanimidade à adesão por entender ao ENEM-SiSU é um importante componente para vencer o atraso e a distorção que há na Educação Básica. Hoje mais de cem instituições aderiram e nenhuma voltou atrás, ao contrário, as que aderiram apenas percentualmente, passaram à totalidade. Entendemos que as vagas nas universidades são para o cidadão brasileiro", afirmou.
Membros do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), do Centro Colegial de Estudantes Piauienses, da administração da UESPI e deputados trocaram ideias favoráveis e contrárias. Por fim, ficou decidido que uma comissão de deputados, presidida por Antônio Félix, deverá avaliar a experiência da Universidade Federal, para avaliar os prós e contras que a adesão trouxe à instituição. Uma reunião deverá ser agendada com o reitor da UFPI nos próximos dias. Após o estudo dos dados estatísticos, uma nova audiência pública será marcada, ainda no mês de abril, para que o debate possa ser retomado. A UESPI se comprometeu a aguardar a nova audiência para, então, tomar a decisão final.
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