Acompanhando o dia nacional de lutas dos trabalhadores do Judiciário Federal, o Sintrajufe-PI realizou assembleia geral nesta terça-feira (20) às 9h, no prédio da Justiça Federal. Depois de várias intervenções dos diretores e de muitos servidores, a assembleia votou e aprovou a deflagração do estado de greve, acompanhando o calendário da Fenajufe, paralisando os serviços a partir do dia 27, com nova assembleia no prédio do Fórum Trabalhista, às 9h. No dia 28, o Sintrajufe-PI também já definiu nova assembleia geral no prédio do TRE, para mobilizar os trabalhadores desse tribunal a participarem efetivamente do movimento grevista. Há mais e dois anos os servidores lutam para reajustar o salário que já passa de cinco anos sem aumento. Esta já é a terceira greve da categoria apenas nos últimos dois anos. Os serviços a serem paralisados são os do TRT, TRE e Justiça Federal.
Uma servidora da Justiça Federal refletiu dizendo que nesses últimos anos houve certa inércia dos trabalhadores do Judiciário em relação à mobilização pela aprovação do plano. Segundo ela, a inércia tinha como base a confiança que muitos servidores têm na autoridade e autonomia do presidente do STF em negociar com a presidente Dilma a aprovação do reajuste. A servidora, no entanto, revela: “A gente continuou trabalhando porque acreditava na força e posição do Presidente do Supremo. Hoje, nós percebemos que o Peluso não vai se impor como deveria e acordamos para a necessidade de nos mobilizarmos e pararmos os serviços para que a reposição saia”.
“Nós ficamos meio que no salto alto, achando que as conquistas passadas tornariam fácil a aprovação desse PCS” – avalia a analista Zelma Cavalcante ao dizer que além da falta de mobilização, também há falta de unidade da categoria desde o envio da proposta ao Congresso. Ela considera importante a categoria ter passado por todos esses momentos difíceis, para que a partir de então os servidores pudessem retomar sua história. “Lutar é elegante. Ser chic é você ser cidadão, ter essa ousadia de apostar naquilo que você defende e acha que é correto”.
Zelma diz ainda que o Governo é contraditório em dizer que não dará reajuste aos servidores do Judiciário e de outras categorias para investir no social. “E desde quando reajustar o salário dos trabalhadores e garantir uma vida digna não é investir no social?” - indaga a servidora ao estimular a união da categoria. Ela diz que a responsabilidade de participar da greve é pessoal, mas principalmente coletiva, à medida que as atitudes tomadas pelos servidores de fortalecerem ou não o movimento irá refletir nas consequências da aprovação ou não do reajuste de todos.
Gillian Santana relatou a dificuldade dos servidores envolvidos com empréstimos consignados e informou que muitos estão tirando os filhos do plano de saúde para conseguirem aumentar a margem de empréstimo junto ao banco. Ela alerta para o ponto a que chegaram os servidores e reafirma a necessidade de mobilização para pressionar a aprovação do PCS.
Uma oficial de justiça pediu ainda que o sindicato encaminhe documento ao Foro do Tribunal, solicitando a não nomeação dos processos aos oficiais de justiça nos momentos de greve. Segundo ela, uma grande dificuldade encontrada pelos oficiais está em receber processos nominados e com prazos estipulados para execução.
Imagem: Divulgação/GP1Sintrajufe-PI deflagra estado de greve e paralisa os serviços a partir do dia 27
Uma servidora da Justiça Federal refletiu dizendo que nesses últimos anos houve certa inércia dos trabalhadores do Judiciário em relação à mobilização pela aprovação do plano. Segundo ela, a inércia tinha como base a confiança que muitos servidores têm na autoridade e autonomia do presidente do STF em negociar com a presidente Dilma a aprovação do reajuste. A servidora, no entanto, revela: “A gente continuou trabalhando porque acreditava na força e posição do Presidente do Supremo. Hoje, nós percebemos que o Peluso não vai se impor como deveria e acordamos para a necessidade de nos mobilizarmos e pararmos os serviços para que a reposição saia”.
“Nós ficamos meio que no salto alto, achando que as conquistas passadas tornariam fácil a aprovação desse PCS” – avalia a analista Zelma Cavalcante ao dizer que além da falta de mobilização, também há falta de unidade da categoria desde o envio da proposta ao Congresso. Ela considera importante a categoria ter passado por todos esses momentos difíceis, para que a partir de então os servidores pudessem retomar sua história. “Lutar é elegante. Ser chic é você ser cidadão, ter essa ousadia de apostar naquilo que você defende e acha que é correto”.
Zelma diz ainda que o Governo é contraditório em dizer que não dará reajuste aos servidores do Judiciário e de outras categorias para investir no social. “E desde quando reajustar o salário dos trabalhadores e garantir uma vida digna não é investir no social?” - indaga a servidora ao estimular a união da categoria. Ela diz que a responsabilidade de participar da greve é pessoal, mas principalmente coletiva, à medida que as atitudes tomadas pelos servidores de fortalecerem ou não o movimento irá refletir nas consequências da aprovação ou não do reajuste de todos.
Gillian Santana relatou a dificuldade dos servidores envolvidos com empréstimos consignados e informou que muitos estão tirando os filhos do plano de saúde para conseguirem aumentar a margem de empréstimo junto ao banco. Ela alerta para o ponto a que chegaram os servidores e reafirma a necessidade de mobilização para pressionar a aprovação do PCS.
Uma oficial de justiça pediu ainda que o sindicato encaminhe documento ao Foro do Tribunal, solicitando a não nomeação dos processos aos oficiais de justiça nos momentos de greve. Segundo ela, uma grande dificuldade encontrada pelos oficiais está em receber processos nominados e com prazos estipulados para execução.
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