As obras do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Serra da Capivara, em construção na zona rural do município de São Raimundo Nonato (525 km de Teresina), estão em ritmo lento, praticamente paralisadas desde a inauguração da pista em 2009. No final da semana passada, apenas quatro funcionários da construtora Sucesso trabalhavam no canteiro de obras.
Desde o início da obra no começo da década de 2000, já foram gastos quase R$ 100 milhões, segundo o deputado federal José Francisco Paes Landim (PTB), um dos maiores entusiastas da obra e responsável pela captação de grande parte dos recursos federais.
Em entrevista a rádio Serra da Capivara, a maior emissora da microrregião de São Raimundo Nonato, o parlamentar se disse preocupado com o ritmo dos trabalhos e afirmou que, apesar da sua importância, o aeroporto foi superdimensionado.
“Acho que fizeram um projeto exagerado. Pelo que podemos ver aqui o aeroporto parece ser maior que o de Teresina, e isso é claramente um absurdo, pois a região não tem capacidade para tantos voos. Seria mais inteligente fazer uma obra menor e que já estivesse concluída, servindo a população e aos turistas que procuram o Parque Nacional Serra da Capivara”, desabafou o deputado piauiense acrescentando que iria cobrar da tribuna da Câmara o andamento das obras.
Apesar de parte do pátio de manobras e da pista de pouso e decolagem terem sido concluídos e inaugurados em meados de 2009 durante o Global Rock Art, um congresso internacional de arte rupestre, nem mesmo a cerca instalada no local vem sofrendo manutenção e parece ter sido danificada, pois constantemente animais como vacas e jumentos são vistos “pastando” no local, representando um risco eminente de acidentes.
Nem mesmo a empresa Esaero, terceirizada pelo governo do Piauí e que fazia a manutenção do aeroporto, controlando a entrada e saída de visitantes e passageiros, se encontra mais no local.
Sem vigilância, com as obras praticamente paralisadas, com parte da sinalização noturna instalada no local já danificada e sem o menor controle das pessoas e bichos que entram no canteiro de obras, a situação do Aeroporto Internacional Serra da Capivara não é das melhores, levando grande parte da população a acreditar que ainda serão necessários vários anos e campanhas eleitorais até que as obras estejam efetivamente concluídas e o aeroporto funcionando adequadamente.
Internacional apenas no papel
Muitos moradores de São Raimundo Nonato alimentam a esperança que o aeroporto, quando concluído, terá vôos para as principais capitais do país e até para o exterior, tendo em vista que foi batizado de Aeroporto Internacional Serra da Capivara. Lego engano. Em recente entrevista, o presidente da Infraero foi enfático: “não temos interesse em administrar pequenos aeroportos no interior do país, nosso foco está voltado para os aeroportos com grande movimento e toda a prioridade é para prepará-los para a Copa do Mundo em 2014”.
Além disso, para que um aeroporto possa receber vôos internacionais é preciso atender uma série de exigências que a região de São Raimundo Nonato ainda não dispõe, caso de uma base da Polícia Federal, funcionários especializados da Receita Federal, um escritório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério da Saúde, além de vários outros órgãos nacionais que trabalham em conjunto. Em caso de acidente, o maior hospital de toda microrregião de São Raimundo Nonato, o Senador Cândido Ferraz, não dispõe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Para se ter noção das dificuldades em implementar o aeroporto de São Raimundo Nonato, basta dizer que a cidade não possui, nem mesmo, uma simples guarnição do Corpo dos Bombeiros, medida preventiva necessária até mesmo para que pequenas aeronaves utilizem o local, coisa que é feita atualmente sem o menor controle ou segurança, conforme mostram as imagens da pista recheada de fezes de animais. Atualmente o “aeroporto” só dispõe de licença para operar como aeródromo.
Imagem: André Pessoa/GP1Fezes de animais na pista do Aeroporto Internacional Serra da Capivara
Desde o início da obra no começo da década de 2000, já foram gastos quase R$ 100 milhões, segundo o deputado federal José Francisco Paes Landim (PTB), um dos maiores entusiastas da obra e responsável pela captação de grande parte dos recursos federais.
Imagem: André Pessoa/GP1Deputado Paes Landim acompanhado de assessores e empresários de SRN
Em entrevista a rádio Serra da Capivara, a maior emissora da microrregião de São Raimundo Nonato, o parlamentar se disse preocupado com o ritmo dos trabalhos e afirmou que, apesar da sua importância, o aeroporto foi superdimensionado.
Imagem: André Pessoa/GP1Lojas de serviços das companhias aéreas no Aeroporto Internacional Serra da Capivara
“Acho que fizeram um projeto exagerado. Pelo que podemos ver aqui o aeroporto parece ser maior que o de Teresina, e isso é claramente um absurdo, pois a região não tem capacidade para tantos voos. Seria mais inteligente fazer uma obra menor e que já estivesse concluída, servindo a população e aos turistas que procuram o Parque Nacional Serra da Capivara”, desabafou o deputado piauiense acrescentando que iria cobrar da tribuna da Câmara o andamento das obras.
Imagem: André Pessoa/GP1Obras paralisadas no Aeroporto Internacional Serra da Capivara
Apesar de parte do pátio de manobras e da pista de pouso e decolagem terem sido concluídos e inaugurados em meados de 2009 durante o Global Rock Art, um congresso internacional de arte rupestre, nem mesmo a cerca instalada no local vem sofrendo manutenção e parece ter sido danificada, pois constantemente animais como vacas e jumentos são vistos “pastando” no local, representando um risco eminente de acidentes.
Imagem: André Pessoa/GP1Fezes de animais na pista do Aeroporto Internacional Serra da Capivara
Nem mesmo a empresa Esaero, terceirizada pelo governo do Piauí e que fazia a manutenção do aeroporto, controlando a entrada e saída de visitantes e passageiros, se encontra mais no local.
Imagem: André Pessoa/GP1Vista da parte superior do Aeroporto Internacional Serra da Capivara
Sem vigilância, com as obras praticamente paralisadas, com parte da sinalização noturna instalada no local já danificada e sem o menor controle das pessoas e bichos que entram no canteiro de obras, a situação do Aeroporto Internacional Serra da Capivara não é das melhores, levando grande parte da população a acreditar que ainda serão necessários vários anos e campanhas eleitorais até que as obras estejam efetivamente concluídas e o aeroporto funcionando adequadamente.
Internacional apenas no papel
Muitos moradores de São Raimundo Nonato alimentam a esperança que o aeroporto, quando concluído, terá vôos para as principais capitais do país e até para o exterior, tendo em vista que foi batizado de Aeroporto Internacional Serra da Capivara. Lego engano. Em recente entrevista, o presidente da Infraero foi enfático: “não temos interesse em administrar pequenos aeroportos no interior do país, nosso foco está voltado para os aeroportos com grande movimento e toda a prioridade é para prepará-los para a Copa do Mundo em 2014”.
Imagem: André Pessoa/GP1Vista interna das obras paralisadas
Além disso, para que um aeroporto possa receber vôos internacionais é preciso atender uma série de exigências que a região de São Raimundo Nonato ainda não dispõe, caso de uma base da Polícia Federal, funcionários especializados da Receita Federal, um escritório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério da Saúde, além de vários outros órgãos nacionais que trabalham em conjunto. Em caso de acidente, o maior hospital de toda microrregião de São Raimundo Nonato, o Senador Cândido Ferraz, não dispõe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Imagem: André Pessoa/GP1Vista interna das obras paralisadas no vão principal do Terminal de Embarque e Desembarque do Aeroporto Internacional Serra da Capivara
Para se ter noção das dificuldades em implementar o aeroporto de São Raimundo Nonato, basta dizer que a cidade não possui, nem mesmo, uma simples guarnição do Corpo dos Bombeiros, medida preventiva necessária até mesmo para que pequenas aeronaves utilizem o local, coisa que é feita atualmente sem o menor controle ou segurança, conforme mostram as imagens da pista recheada de fezes de animais. Atualmente o “aeroporto” só dispõe de licença para operar como aeródromo.
Imagem: André Pessoa/GP1Placa dos recursos
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