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Trabalhadores da Eletrobrás e Chesf paralisam as atividades por 48 horas a partir de hoje no Piauí

A paralisação acompanha uma decisão nacional, atingindo todo o setor elétrico do país. Apenas os serviços essenciais estão mantidos.

Em protesto pelo descaso da Eletrobrás com as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2011, os trabalhadores da Eletrobrás Distribuição Piauí e CHESF, estão paralisando as atividades, em todo o Estado, durante 48 horas, nesta quarta e quinta-feira.

A decisão ocorreu em assembleia realizada na última sexta-feira (15). Segundo representantes do movimento, o protesto acontece devido “o descaso com que a Eletrobrás tem tratado os trabalhadores”. A paralisação acompanha uma decisão nacional, atingindo todo o setor elétrico do país. Apenas os serviços essenciais estão mantidos.

A categoria afirma ainda que os trabalhadores do Sistema Eletrobrás vem sendo duramente penalizados por setores conservadores do Governo Federal, que vem negando sistematicamente as reivindicações da categoria, ao passar para a sociedade que aumento de salário gera inflação.

“Este governo, que por um lado vem mantendo o crescimento econômico mesmo com a crise nos países desenvolvidos, por outro lado pode comprometer essa trajetória sob a justificativa do controle inflacionário, se valendo de um discurso retrogrado baseado no arrocho salarial, que empobrece os trabalhadores”, declarou Francisco Marques, presidente do SINTEPI – Sindicato dos Urbanitários no Piauí.

Este receituário o Brasil do governo Lula não seguiu, o que fez a diferença em relação aos países que ainda estão em crise e que continuam adotando um caminho conservador para sair do fundo do poço, o que tem como resultado a recessão, privatização e desemprego.

Com a eleição de Lula o setor elétrico voltou a ser alvo de investimentos, com o fortalecimento de suas empresas, e a valorização dos trabalhadores, com ganho real nos salários, dentre outras importantes conquistas, porém ainda muito abaixo do que é necessário para compensar os anos de estagnação.

Todavia, esse ciclo de avanços, que trouxe tranquilidade para a sociedade e crescimento econômico depois de anos estagnação econômica, vem sendo ameaçado por setores conservadores instalados no governo federal, especialmente no Ministério das Minas e Energia, com a adoção de uma política econômica conservadora que atrela aumento de salários com a inflação.

Até aqui, mesmo diante da cobrança dos trabalhadores e seus sindicatos à direção das empresas do Sistema Eletrobrás, as negociações não avançaram, e o pior, a postura tem sido de indiferença, se restringindo somente a obedecer às ordens do referido ministério, de não aceitar as reivindicações da categoria.

“Os trabalhadores eletricitários e a sociedade querem a continuidade de uma política que privilegie o aumento da massa salarial e o crescimento econômico. Por isso, estamos na luta por um acordo coletivo de trabalho justo, capaz de trazer dignidade a categoria”, afirmou Marques.
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