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Pesquisa revela que Piauí terá mais celulares que habitantes ainda este ano

Do total da amostra coletada, cerca de 90 % dos entrevistados declararam utilizar telefone móvel, alguns com mais de uma linha habilitada.

O telefone fixo está perdendo cada vez mais espaço para a telefonia móvel no Piauí, assim como acontece em todo o Brasil. Essa constatação surgiu ao final de uma pesquisa realizada pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) sobre satisfação do usuário de telefonia.

Do total da amostra coletada, cerca de 90 % dos entrevistados declararam utilizar telefone móvel, alguns com mais de uma linha habilitada. Enquanto isso, apenas 37% dos pesquisados utilizam telefone fixo e a maioria citou como justificativa desse uso a possibilidade de acesso à internet. Destes usuários da telefonia fixa, 77% disseram gastar entre R$ 40,00 e 200,00 mensais e somente 7% gastam acima de R$ 200,00 mensais.

Quanto aos telefones celulares, os usuários das quatro operadoras que atuam no Piauí atualmente disseram gastar, em média, apenas R$ 20,00 mensais com os serviços.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), ainda em 2011 o Piauí terá o número de aparelhos celulares em uso maior do que o total da população residente no Estado. Os resultados obtidos com a pesquisa foram divulgados na manhã desta segunda-feira (13), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Piauí (Sinttel).

A pesquisa foi realizada pela Fundação Cepro, por meio de uma solicitação do próprio Sinttel, e apurou dados relativos a situações pontuais, como o tempo gasto para efetuar uma ligação, a qualidade do som recebido, o nível de utilização dos serviços, o tempo de contrato com a operadora, dentre outras coisas.

O presidente da Fundação Cepro, Raimundo Filho, explicou que o órgão foi convocado ainda no final de 2010, na gestão anterior. Ao assumir o cargo, em janeiro, a proposta foi colocada, junto ao governador do Estado, como uma das metas dos primeiros 180 dias. “A Fundação Cepro presta serviços tanto para o Estado quanto para instituições como sindicatos. Assumimos a meta, praticamos e estamos concluindo o trabalho, ou seja, atingimos a meta. Agora temos números confiáveis de uma instituição de qualidade, que é a Cepro, para que o sindicato trabalhe com essas informações junto a seus componentes e também para uso do próprio Estado, como fiscalizador de serviços”.

A apresentação mostrou dados quantitativos da prestação de serviços de telefonia, como a participação de cada operadora nos diversos setores, e também dados qualitativos decorrentes das opiniões pessoais dos usuários.

De acordo com o presidente do Sinttel, João Moura, de um modo geral, os resultados ficaram dentro das exigências dos órgãos responsáveis. “Com esses dados pudemos confrontar os números dos padrões de qualidade da Anatel com os números de qualidade apresentados pelas empresas”, declarou.

Os técnicos responsáveis pelos estudos visitaram 1.269 domicílios particulares e 29 estabelecimentos comerciais, entre agências bancárias, lan houses e postos dos Correios. Foram selecionados 30 municípios, dois em cada microrregião geográfica, sendo um município foco e um coadjuvante. A intenção era verificar se existe diferença na qualidade dos serviços prestados entre cidades maiores e menores.

Além do presidente do Sinttel e do presidente da Fundação Cepro, estiveram presentes os representantes das operadoras, que puderam constatar como anda o grau de satisfação de seus clientes e o que precisa ser melhorado.

Como representante do poder Legislativo, a vereadora Rosário Bezerra compareceu ao evento para parabenizar a iniciativa e cobrar melhorias no sistema. “Como parlamentar, venho representar a população, pois este é um dos serviços que mais recebem reclamações. Uma pesquisa como essa serve para emitir parâmetros de como melhorar e propor alternativas, já que se trata de um serviço necessário e caro, portanto, precisa ter qualidade”, argumentou.
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