No final do mês de fevereiro o portal GP1 publicou uma matéria sobre a falta de iluminação em dois bairros da cidade e São João do Piauí, Alto Caixa D’água e Alto Santa Fé. Na matéria é citada a decisão do promotor de justiça, Antônio Charles de Almeida, que determina um prazo de 60 dias para a Cepisa solucionasse o problema dos bairros.
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O GP1 recebeu uma nova denúncia, do professor Gonçalo Carvalho, em que ele disse que uma moradora sofreu retaliação por parte de um funcionário da Cepisa daquela cidade, por causa da denúncia que os moradores fizeram junto à justiça contra a Cepisa.
Confira na íntegra o e-mail com denúncia
Há pouco mais de uma semana, a Dona Lucileide, 24, (no último mês de gestação), moradora da Rua Projetada 93 B, s/nº, Bairro Alto Caixa D’água, em São João do Piauí, 482 km da Capital, procurou o escritório da CEPISA no município para solicitar a ligação de energia em sua residência, contudo, o funcionário que a atendeu negou o pedido, alegando que a empresa não faz ligação em local onde não existe rua definida, porque dificulta a identificação do usuário. O argumento da empresa entra em contradição, à medida em que a mesma instala aparelhos medidores de energia nas casas desses moradores e lhes cobra a energia consumida, e mais, ainda cobra Taxa de Iluminação Pública, quando no bairro não existe sequer um poste colocado pela CEPISA.
Segundo Dona Lucileide, o funcionário que lhe atendeu perguntou a ela se havia número em sua casa, e ela respondeu: “lá não existe nem poste, o que dirá número!”. O funcionário, segundo ela, disse que a CEPISA não faz a instalação de energia em postes de “pau”. D. Lucileide, então, perguntou: “Quer dizer que eu vou ficar à luz de vela no mês de dar à luz e com uma criança de dois anos?” E o funcionário respondeu: “Se a senhora comprar os postes, nós vamos lá instalar sua energia. Ora, como é que vocês querem energia e vão é ao Promotor denunciar que no bairro não tem poste e que a CEPISA ainda cobra Taxa de Iluminação Pública?!”.
A situação vivida por D. Lucileide é a mesma de todos os moradores do Bairro Alto Caixa D’água, que vivem o dilema de morar numa cidade onde ter água encanada, energia elétrica e ruas calçadas é privilégio de poucos e, se não bastasse, as empresas e a Prefeitura responsáveis por oferecer estes serviços à população, ainda tratam com descaso os comunitários. Afinal, desde quando a CEPISA cobrou aos ricos do centro da cidade que pagassem os postes que levam energia às suas residências? E a Prefeitura, por que até hoje não fez o arruamento do bairro? Por que a CEPISA insiste em cobrar a famigerada Taxa de Iluminação Pública de pessoas trabalhadoras de um bairro que vive na escuridão? Por que o Ministério Público demora tanto tempo para fazer valer os direitos da população que busca o apoio daquele órgão da Justiça Estadual? São perguntas que todos os cidadãos e cidadãs de bom senso estão ou deveriam está se fazendo diante de tamanho descaso com pessoas já tão sacrificadas pela própria condição de trabalhadores e trabalhadoras numa sociedade da exploração!
Profº Gonçalo Carvalho Filho
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O GP1 recebeu uma nova denúncia, do professor Gonçalo Carvalho, em que ele disse que uma moradora sofreu retaliação por parte de um funcionário da Cepisa daquela cidade, por causa da denúncia que os moradores fizeram junto à justiça contra a Cepisa.
Confira na íntegra o e-mail com denúncia
Há pouco mais de uma semana, a Dona Lucileide, 24, (no último mês de gestação), moradora da Rua Projetada 93 B, s/nº, Bairro Alto Caixa D’água, em São João do Piauí, 482 km da Capital, procurou o escritório da CEPISA no município para solicitar a ligação de energia em sua residência, contudo, o funcionário que a atendeu negou o pedido, alegando que a empresa não faz ligação em local onde não existe rua definida, porque dificulta a identificação do usuário. O argumento da empresa entra em contradição, à medida em que a mesma instala aparelhos medidores de energia nas casas desses moradores e lhes cobra a energia consumida, e mais, ainda cobra Taxa de Iluminação Pública, quando no bairro não existe sequer um poste colocado pela CEPISA.
Imagem: DivulgaçãoLucileide com o marido e o filho
Depois de ouvirmos a Dona Lucileide e seu esposo, conhecido como Neto, percebemos que a empresa ou o funcionário que atendeu a moradora do bairro agiu com a intenção de retaliação, supostamente porque, há aproximadamente 50 dias, os moradores do Alto Caixa D’água tiveram uma audiência com o Promotor de Justiça da Comarca, Senhor Antonio Charles de Almeida, ocasião em que entregaram um documento de Abaixo–assinado cobrando da CEPISA a instalação de postes na comunidade e denunciando que a empresa estava cobrando a Taxa de Iluminação Pública dos moradores.Segundo Dona Lucileide, o funcionário que lhe atendeu perguntou a ela se havia número em sua casa, e ela respondeu: “lá não existe nem poste, o que dirá número!”. O funcionário, segundo ela, disse que a CEPISA não faz a instalação de energia em postes de “pau”. D. Lucileide, então, perguntou: “Quer dizer que eu vou ficar à luz de vela no mês de dar à luz e com uma criança de dois anos?” E o funcionário respondeu: “Se a senhora comprar os postes, nós vamos lá instalar sua energia. Ora, como é que vocês querem energia e vão é ao Promotor denunciar que no bairro não tem poste e que a CEPISA ainda cobra Taxa de Iluminação Pública?!”.
A situação vivida por D. Lucileide é a mesma de todos os moradores do Bairro Alto Caixa D’água, que vivem o dilema de morar numa cidade onde ter água encanada, energia elétrica e ruas calçadas é privilégio de poucos e, se não bastasse, as empresas e a Prefeitura responsáveis por oferecer estes serviços à população, ainda tratam com descaso os comunitários. Afinal, desde quando a CEPISA cobrou aos ricos do centro da cidade que pagassem os postes que levam energia às suas residências? E a Prefeitura, por que até hoje não fez o arruamento do bairro? Por que a CEPISA insiste em cobrar a famigerada Taxa de Iluminação Pública de pessoas trabalhadoras de um bairro que vive na escuridão? Por que o Ministério Público demora tanto tempo para fazer valer os direitos da população que busca o apoio daquele órgão da Justiça Estadual? São perguntas que todos os cidadãos e cidadãs de bom senso estão ou deveriam está se fazendo diante de tamanho descaso com pessoas já tão sacrificadas pela própria condição de trabalhadores e trabalhadoras numa sociedade da exploração!
Profº Gonçalo Carvalho Filho
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