Uma investigação do Ministério Público de Alagoas aponta que a influenciadora digital Laís Oliveira, de 29 anos, recebeu R$ 1.909.209,00 em 11 meses como destinatária de recursos oriundos de uma empresa ligada a um esquema de jogos de azar online. Deste montante, R$ 423 mil foram transferidos a ela pelo marido, o influenciador piauiense Eduardo Veloso , de 28 anos. Ambos estão presos desde o dia 4 de dezembro, após serem localizados pela Polícia Militar em Fortaleza, onde passavam férias. O casal é acusado de atuar como representantes publicitários do esquema.
Conforme o MP, o esquema envolve pelo menos sete pessoas, incluindo o líder da organização e sua esposa, responsável por promover Lais e Eduardo nas redes sociais. As investigações apontam que o grupo cometeu crimes contra a ordem econômica, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Entre janeiro e abril de 2024, Lais teria recebido R$ 931 mil de uma empresa do chefe da organização, enquanto outros R$ 555 mil foram transferidos entre maio e novembro de 2023, totalizando cerca de R$ 1,4 milhão destinados ao casal durante o período investigado.
Além das transferências diretas, o Ministério Público identificou movimentações financeiras suspeitas feitas por Lais, incluindo transações entre pessoas físicas e jurídicas sem justificativas claras. Eduardo, por sua vez, recebeu R$ 459 mil da mesma empresa, transferindo a maior parte para a conta bancária da esposa. A empresa envolvida, criada em março de 2023 e sediada em Maceió, seria utilizada para movimentar recursos de forma ilícita, segundo os investigadores.
Lais Oliveira, que possui mais de 4,8 milhões de seguidores no Instagram, se apresentava como embaixadora de uma casa de apostas online, enquanto Eduardo acumulava 645 mil seguidores. O Ministério Público solicitou a suspensão das redes sociais de todos os envolvidos no esquema, mas, até o momento, os perfis de Lais e Eduardo permanecem ativos. Os dois, que residem em Ribeirão Preto (SP), se casaram recentemente em uma cerimônia de luxo, são apontados como peça-chave na divulgação do chamado "jogo do tigrinho".