Após o risco de demissão de Ricardo Pontes da presidência da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), a bancada federal do Piauí, junto com o ministro Wellington Dias e o governador Rafael Fonteles , uniu forças para garantir a permanência de Pontes no cargo. Até então, ele estava sendo alvo de pressão por parte dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). A informação foi confirmada nesta terça-feira (15) pelo deputado federal Florentino Neto.
Segundo Florentino, o grupo considera a permanência de Pontes essencial pela relevância estratégica do cargo e pelo fato de ele ser piauiense. O deputado destacou que o próprio ministro Wellington Dias tratou diretamente do assunto com o presidente Lula , em uma tentativa de assegurar a manutenção de Pontes à frente da Funcef.
“Entendemos que isso não é razoável e trabalhamos para a manutenção do Ricardo Pontes na presidência da Fucef. É um piauiense e está no cargo estratégico, então consideramos importante a manutenção do Ricardo Pontes no cargo. Essa também a posição do governador Rafael Fonteles e do nosso ministro Wellington Dias, que relatou a situação ao próprio presidente Lula. Nesse momento, nós temos uma posição de que Ricardo Pontes será mantido no cargo. Então nós temos capacidade de estar nos articulando para conter investidas como essa e mantenha espaço dos piauienses no espaço nacional”, declarou o deputado.
O nome de Richard Back, chefe de gabinete de Alexandre Padilha, foi indicado por Haddad como possível substituto de Ricardo Pontes. Na última sexta-feira (11), o currículo de Back foi enviado a Carlos Vieira, presidente da Caixa, reforçando o movimento para uma possível transição no comando da fundação. Back também atuou como diretor de análise política na XP Investimentos antes de integrar a equipe de Padilha.
A substituição de Pontes gerou preocupação entre as entidades que representam empregados e aposentados da Caixa. Em nota pública, as organizações expressaram receio de que a troca na presidência da Funcef poderia introduzir interferências políticas prejudiciais à gestão do fundo. Elas defendem que a presidência seja ocupada por alguém vinculado à Caixa para preservar os interesses dos participantes e a integridade da governança.