O corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado na manhã desta quinta-feira (06), por volta de 8h, em um matagal próximo à Avenida Celso Pinheiro, no bairro Três Andares, zona sul de Teresina. No local, foi possível apontar que a vítima possuía diversas marcas de agressões no rosto e estava parcialmente com o corpo queimado.
O sargento Carlos, do 1º Batalhão da PM, informou ao GP1 no local do crime que foi possível encontrar marcas de espancamento na vítima, além de marcas no pescoço que pode ser de estrangulamento. “Chegamos aqui e nos deparamos com informações sobre a ocorrência, fomos até embaixo e encontramos o corpo. Entrando em contato com a com as autoridades aí para fazer os procedimentos. Deu para se perceber que o corpo foi encontrado com marcas de espancamento, estrangulamento. Possivelmente foi morto com pancadas. Tem uma informação também de que as vestes da vítima devem ter sido queimadas. Passamos a ocorrência para o pessoal do IML e DHPP para continuar as investigações”, detalhou o policial.

Populares da localidade conseguiram visualizar o cadáver já nas proximidades da beira do Rio Poti, na região da ponte que dá acesso à Rodoviária de Teresina. Logo em seguida, acionaram o 1º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, que encaminhou viaturas ao local.
Com a chegada das equipes dos policiais, a área onde o corpo foi encontrado foi isolada pelo 1º Batalhão da PM para que a perícia criminal da Polícia Civil do Piauí possa realizar levantamentos iniciais sobre a morte da vítima.

Perícia inicial
O perito criminal Charles Cunha, da perícia da Polícia Civil, destacou que observou que partes do corpo estavam queimadas e que havia danos na face, possivelmente causados por instrumento contundente. Ele também ressaltou a suspeita de que o pescoço da vítima poderia estar quebrado. Apesar de haver um pano em volta de um dos braços, os membros da vítima não estavam amarrados. Outro ponto pontuado pelo perito é que a vegetação ao redor estava intacta, sem indícios de queimadura, o que indica que o corpo pode ter sido queimado em outro local e depois desovado ali.
“É um corpo do sexo masculino às margens de um córrego, aproximadamente a três metros do muro da construção, e a partir daí nós recolhemos o corpo, trouxemos o corpo para uma região mais plana, já que estava na região declinada, e fizemos esses trabalhos iniciais a partir da pele necroscopia. Podemos observar algumas partes do corpo em combustão, o corpo já queimado. Podemos observar também alguns danos na face, nas danificações através das águas, possivelmente por instrumento contundente. Podemos também observar aqui, possivelmente, que o pescoço da vítima pode estar quebrado. Ele possuía um pano em volta do braço, mas não estava com os braços amarrados, não estava com as pernas amarradas. Em torno do local, a vegetação estava intacta, não tinha sinal de que havia queimadura, então essas são as primeiras informações”, detalhou o perito.

Em relação a perfurações, o Charles Cunha informou que, inicialmente, o corpo não apresentava perfurações evidentes. No entanto, foram visualizadas lesões na cabeça, que podem ter sido causadas por pancadas com objeto contundente. Ele afirmou que ainda não é possível determinar se houve o uso de arma branca ou arma de fogo. Ainda segundo o perito, o corpo já estava em estado avançado de decomposição, estimando que a morte tenha ocorrido há cerca de dois a três dias.
“O corpo não apresenta perfurações inicialmente. Foram visualizadas perfurações na cabeça, mas pode ter sido essas possíveis pancadas por instrumento contundente. Não dá para afirmar que foi arma branca ou se arma de fogo. Não tem tantas informações mais detalhadas sobre o corpo, já que ele também está em estado avançado de decomposição, estado que gira em torno aí de dois a três dias”, ressaltou.
Logo após a área ser isolada, o Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML) removeu o corpo e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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