Acusado de matar advogada em Paulistana tentou matar outra irmã, revela Polícia Civil

Uma segunda irmã que presenciou Adelaido Gomes Celestino matando a advogada Valdenice Gomes Celestino Soares a tiros, na última segunda-feira (03), em Paulistana, escapou de ser morta. Francisca Osvaldina Gomes estava ao lado de Valdenice que, ao receber os primeiros disparos, implorou para que Adelaido poupasse a vida de Francisca. A informação veio à tona no depoimento desesperador de Francisca Osvaldina Gomes dado à Polícia Civil nessa terça-feira.

Em seu depoimento, Francisca Osvaldina Gomes, também irmã da vítima e do autor, relatou que Valdenice havia ido até a propriedade rural no sábado (01) para reparar uma cerca que havia sido danificada. A referida cerca foi motivo de sucessivas disputas entre os irmãos, pois Adelaido alegava posse da terra e demonstrava descontentamento com as ações de Valdenice.

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Foto: Reprodução/Facebook

Valdenice Gomes Celestino Soares

Na véspera do homicídio, Adelaido teria identificado o veículo de Valdenice estacionado na casa da irmã deles, a Osvaldina, reforçando que ele sabia que a vítima ainda estava na propriedade.

No dia do crime, enquanto Valdenice e Francisca caminhavam próximas à cerca, Adelaido surgiu armado, sem qualquer aviso e, sem dar tempo para reação, disparou contra Valdenice, que tentou fugir, mas caiu ao solo.

Adelaido então mirou a arma contra Francisca, declarando que iria matá-la também. Desesperada, Valdenice ainda implorou para que a irmã fosse poupada, mas Adelaido voltou a atirar nela, garantindo sua morte. Francisca conseguiu escapar correndo para a mata e procurou a polícia para comunicar a tragédia.

Acusado teve a prisão preventiva decretada

A juíza de Direito da Vara Núcleo de Plantão, Tallita Cruz Sampaio, decretou a prisão preventiva de Adelaido Gomes Celestino, acusado de assassinar a própria irmã Valdenice Gomes Celestino Soares a tiros em uma briga por herança, no município de Paulistana, região Sul do Piauí.

A decisão foi assinada nessa terça-feira (04).

Na decisão, a juíza ressaltou que o crime ocorreu em meio a um histórico de conflitos familiares relacionado à divisão de terras herdadas, o que gerou sucessivos desentendimentos entre ambos.