O maestro Aurélio Melo, que assume nesta quinta-feira (2) o comando da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMC), afirmou ao GP1 que a pasta está com um débito de aproximadamente R$ 5 milhões, deixado pela gestão de Dr. Pessoa (PRD). O saldo devedor inclui os salários dos músicos da Associação dos Amigos da Orquestra Sinfônica, que estão há três meses atrasados.
O novo presidente da FMC informou que a administração anterior chegou a prometer quitar os pagamentos dos músicos até o fim da gestão, o que não aconteceu, e todos eles seguem sem receber.
“Eles receberam o último salário em outubro, negociamos com a prefeitura, nos garantiram, mas Banda 16 de Agosto está hoje abrindo o ano com esses pagamentos atrasados, não foram pagos. Eu fiquei muito decepcionado, chateado, porque prometeram, mas é isso, agora é bola para a frente, já temos consciência disso, estamos partindo do zero com esse débito e agora a nossa função é tentar resolver”, disse o maestro.
Débito de R$ 5 milhões
O débito milionário deixado pela administração anterior inclui diversas obrigações da pasta, incluindo até mesmo alugueis de som para eventos. Aurélio Melo ressaltou que aceitou o convite de Sílvio Mendes para assumir a Cultura ciente dessas dificuldades.
“Quando ele me convidou já estava prevendo, eu disse ‘nós vamos enfrentar uma dificuldade muito grande no final de ano’, e ele disse ‘Aurélio, quem está lhe chamando aqui não é o Silvio Mendes, é a cidade’. O normal seria colocar hoje que estou assumindo a fundação para dar continuidade a administração passada, infelizmente não vou poder dizer isso, porque vamos partir do zero. Aliás, pior do que o zero, com um débito enorme, de quase cinco milhões de reais. Agora não dá para fugir, temos que assumir e tentar resolver”, concluiu o novo presidente da Fundação Monsenhor Chaves.
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