A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, participaram de uma coletiva de imprensa no Palácio de Karnak na manhã desta sexta-feira (2), ao lado do governador Rafael Fonteles (PT), onde trataram do debate sobre a política climática brasileira promovido pelo Governo Federal, que será realizado mais tarde no Centro de Convenções de Teresina.
A plenária promovida pelo governo vai abordar o bioma da caatinga e os desafios da redução das emissões de gases do efeito estufa no Brasil. O debate é mais uma etapa do processo de participação social no Plano Clima Participativo, lançado em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governo está promovendo consultas diretas à população e debates com especialistas em meio ambiente, organizações da sociedade civil, conselhos de políticas públicas, movimentos sociais e sindicais, em todas as etapas de elaboração do texto.
Marina Silva explicou que o Brasil deverá apresentar na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) as propostas que devem sair desse ciclo de debates realizados pelo país.
“Nada mais é que o esforço que o Brasil está fazendo para chegar nas suas contribuições nacionalmente determinadas. Cada país vai dar uma contribuição para reduzir emissão de CO2. Precisamos zerar as emissões de CO2 que vem do carvão, do petróleo, do gás, e o desmatamento até 2050. Na COP 30 vamos ter que chegar com essas contribuições no nível que nos possibilite não ultrapassar um e meio de aumento da temperatura da terra. Temos evento climáticos no mundo inteiro e isso já vimos no Rio Grande do Sul, agora na Amazonia e no Pantanal, escassez severa”, disse a ministra.
O ministro Márcio Macêdo destacou a importância da democratização das discussões a respeito das mudanças climáticas. “Que a gente possa, nessas plenárias, estabelecer o debate, colher informações e propostas e estimular para que as pessoas possam participar da plataforma Brasil Participativo. A nossa expectativa é que possamos sair desse processo com um Plano Clima, com as impressões digitais do povo brasileiro, que o Brasil possa liderar esse processo pelo exemplo, pelas suas ações”, declarou.
Wellington Dias, por sua vez, enfatizou o papel do Ministério do Desenvolvimento Social nesse processo de discussão. “A ministra Marina tem coordenado esse trabalho, é uma liderança no Brasil e no mundo, e, do que ela pontuou, acho que o ponto principal é que tivemos desde a industrialização um aumento na temperatura que não poderia acontecer, em um grau e meio. O resultado disso já era previsto, as mudanças climáticas alteram todo o sistema do planeta. Quem sofre com as mudanças climáticas é toda a sociedade, mas a população mais pobre sofre mais, por isso a participação do MDS”, esclareceu.
O governador Rafael Fonteles destacou a importância do Plano Clima Participativo, que será o guia da política climática brasileira até 2035. “Tudo que é feito pelo governo do presidente Lula é com muita participação social, para de fato representar não só o que os especialistas nos colocam, mas também o que o povo, as entidades querem incluir. Para nós é uma grande honra participar”, colocou.
Caatinga
Único bioma exclusivamente brasileiro e o quarto maior do país, ocupando 10,1% do território nacional, com uma área de 862.818 km², a caatinga se estende pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.
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