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Teresina - Piauí

Tribunal de Justiça manda promotor Maurício Verdejo usar tornozeleira

O judiciário determinou ainda o bloqueio de bens e valores, além de outras medidas cautelares.

O Tribunal de Justiça do Piauí determinou nesta quinta-feira (15) que o promotor de Justiça, Maurício Verdejo Gonçalves Junior, titular da 6ª Promotoria de Picos, passe a usar tornozeleira eletrônica. A decisão faz parte do pedido formulado pela Polícia Federal, no bojo das investigações que culminaram na segunda fase da Operação Iscariotes, deflagrada na manhã de hoje.

Além do monitoramento eletrônico, o Tribunal de Justiça determinou ainda o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público, além de outras medidas cautelares que se estendem ao assessor do promotor Maurício Verdejo, que também foi alvo da operação.

Foto: DivulgaçãoPromotor Maurício Verdejo
Promotor Maurício Verdejo

Conforme a Polícia Federal, nessa nova fase da investigação os policiais deram cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, sendo quatro deles na capital Teresina-PI e um na cidade de Picos-PI.

Operação Iscariotes

No dia 7 de agosto, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Iscariotes quando cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do promotor em Teresina, onde foram apreendidos aproximadamente R$ 900 mil em espécie.


A investigação teve início após o empresário Junno Pinheiro relatar à Polícia Federal que foi abordado pelo promotor em um restaurante, onde foi exigido o pagamento para cessar a investigação.

Em depoimento à PF, Junno Pinheiro relatou que o promotor disse ter “apoio e muita força” no âmbito do Poder Judiciário. Segundo o empresário, Maurício afirmou que “não importa quais recursos eu movimente, todos ‘iriam parar’ em desembargador ou em juiz ‘ligado’ a ele”.

Afastamento

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) já havia determinado o afastamento do promotor Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, acusado de exigir propina de R$ 3 milhões para arquivar investigação contra o empresário Junno Pinheiro Campos Sousa. Ele ficará afastado de suas funções por 90 dias, conforme determinação proferida no dia 8 de agosto pelo corregedor nacional do Ministério Público Ângelo Fabiano Farias da Costa.

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