O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) obteve acesso a um vídeo feito pelo taxista Francisco Célio Pereira, poucos minutos antes de ele ser assassinado por um adolescente de 15 anos, no Residencial Torquato Neto, na zona sul de Teresina, no último dia 05 de junho.
Conforme o delegado Danúbio Dias, no vídeo a que os policiais obtiveram acesso o taxista fez um registro de parte do trajeto entre a Praça Saraiva, de onde ele partiu com o assassino, e o residencial Torquato Neto. Nesse momento, foi possível gravar o acusado, que estava sentado no banco traseiro, à direita do taxista.
Para os investigadores, existe a possibilidade de que a vítima tenha feito o vídeo por estar se sentido desconfortável com a situação ou presumindo algo errado. “Nós tivemos acesso a esse vídeo nesse fim de semana. Após a obtenção do mandado de apreensão do adolescente, o Departamento conseguiu obter esse vídeo feito pela vítima, possivelmente, durante o trajeto Praça Saraiva até o Torquato Neto. Nesse vídeo, o taxista está filmando e ele captura o menor, mas nós não sabemos se ele filmou por estar preocupado, por pressentir a hostilidade do adolescente. Talvez, ele tenha presumido a hostilidade do adolescente e decidiu registrar”, contou o delegado Danúbio Dias.
Escolha da vítima foi aleatória
Para o delegado Danúbio Dias, no momento em que o adolescente buscou realizar a corrida, havia somente o taxista no ponto da Praça Saraiva. Segundo a autoridade policial, a escolha foi completamente aleatória.
“Naquela tarde, somente o taxista Célio estava no ponto de táxi, não havia outro taxista. Ele escolheu aleatoriamente o Célio., entrou exatamente no táxi por volta das 14h08 e o Célio saiu do ponto de táxi às 14h09. E ele chegou no destino da corrida às 14h33. Após o taxista estacionar na quadra C, 20 segundos depois o adolescente deixa o veículo com um objeto na mão que, possivelmente, é a pistola da vítima que coloca na cintura. Ou seja, o crime aconteceu nesse intervalo de 20 segundos em que o carro ficou parado e ele [acusado] saiu”, explicou o delegado.
Arma da vítima não foi localizada
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais não conseguiram localizar a arma utilizada no crime, provavelmente, um revólver calibre .32 ou calibre .22, como também a arma da vítima, uma pistola .380.
O que é possível revelar é que o adolescente chegou a se deslocar até um povoado no município de Caxias-MA, onde ele conseguiu escapar do cerco policial pouco antes de ser apreendido na residência da avó, no bairro Parque Alvorada, em Timon-MA, na tarde dessa segunda-feira (10).
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