Thais Guimarães
O corpo de Anna Kerolayne Gomes Nunes, 3 anos, que morreu após ter sido torturada em Esperantina, onde vivia desde janeiro com a mãe e o padrasto, foi sepultado na tarde desta terça-feira (23) sob forte comoção no Cemitério Santa Cruz, no bairro Promorar, zona sul de Teresina.
O velório foi realizado na residência da tia da criança, no bairro Lourival Parente, também na zona sul. Era a família paterna quem criava Anna Kerolayne e a irmã, Jéssica, de 4 anos.
Em entrevista ao GP1, a tia das crianças, Vanda Barros, explicou que a família assumiu os cuidados das duas meninas desde que o pai foi preso. Em janeiro deste ano, as duas foram levadas pela mãe, Maria Karolaine Nunes de Oliveira, para Esperantina.
“As crianças não foram devolvidas. Somente agora foi que a criança veio, em um caixão. Nós ficamos sabendo da entrada dela no HUT no dia 15 de abril, já bastante machucada, com traumatismo craniano, duas clavículas quebradas, ombro deslocado, perda dos rins, com trauma no abdômen, bastante machucada”, explanou a tia.
Entenda o caso
No dia 15 de abril, o Serviço de Assistência Social do Hospital Júlio Hartman, da cidade de Esperantina, comunicou ao Conselho Tutelar uma suspeita de crime de maus-tratos contra a criança de 3 anos, que foi admitida na unidade médica em estado grave. Imediatamente, foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos.
Anna Kerolayne foi transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), e teve morte encefálica confirmada pela junta médica nessa segunda-feira (22). A mãe e o padrasto da criança foram presos, suspeitos de torturar e matar a menina.
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