Caroline Vitorino
Na manhã desta quarta-feira (11), a Aerom Mobilidade Sustentável, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI), realizou uma reunião para discutir a implementação de um sistema de transporte inovador, que alia mobilidade urbana e sustentabilidade, em Teresina.
O gestor da área internacional e de mercado da FIEPI, Islano Marques, detalhou o projeto em entrevista ao GP1. “Essa reunião foi uma apresentação do projeto para gestores locais. Fizemos a simulação de um trajeto e mostramos a tecnologia para algumas autoridades, para que compreendam seu funcionamento e analisem a viabilidade de implementação em Teresina e outras cidades do estado”, explicou.
Como funciona o aeromóvel
O sistema proposto utiliza veículos leves e passivos, sem motores, que se deslocam por empuxo de ar gerado em dutos localizados sob os trilhos, similar ao funcionamento de barcos à vela. "Todo o sistema opera de forma silenciosa, graças a ventiladores estacionários posicionados estrategicamente", destacou Islano.
Já o secretário de Estado dos Transportes (Setrans), em entrevista, enfatizou o potencial de implementação do Aeromóvel em Teresina. “O projeto ainda está em fase conceitual, mas já foi implantado no Rio Grande do Sul. Também acompanhei a experiência em Guarulhos. Teresina, sendo uma cidade planejada, oferece condições favoráveis para esse tipo de projeto, dependendo, é claro, da análise técnica e da viabilidade de recursos financeiros”, afirmou.
Benefícios do sistema
O Aeromóvel é um sistema de transporte automatizado (APM - Automated People Mover), com alta frequência de operação, capaz de atender a demandas de até 25 mil passageiros por hora/sentido. Seu design reduz o peso morto por passageiro transportado, graças à ausência de motor nos veículos, o que resulta em custos de investimento, operação e manutenção significativamente mais baixos. O consumo energético do sistema é menos da metade do registrado em sistemas convencionais sobre pneus.
Freitas Neto, diretor de Assuntos Econômicos da FIEPI, destacou as vantagens econômicas e ambientais do projeto: “O custo do Aeromóvel é 30% mais baixo que o do VLT, e, do ponto de vista ambiental, é a melhor opção. Nos colocamos à disposição para mediar o diálogo entre os órgãos responsáveis no estado, a prefeitura e a Aerom, para avançar nessa iniciativa que desperta tanto interesse”, afirmou.
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