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Teresina - Piauí

Namorada de PM é acusada de atropelar e matar homem na Ponte da Primavera

Segundo a Polícia Civil, o PM prestou esclarecimentos, por ter comparecido ao local do acidente.

Uma mulher identificada como Mariana Monteiro Beviláqua está sendo investigada pelo envolvimento em um acidente de trânsito ocorrido na última sexta-feira (18) na Ponte da Primavera, em Teresina, que matou o motociclista Jucemberg Silva Aguiar, aos 44 anos. O namorado de Mariana é um policial militar, que foi intimado para prestar esclarecimentos, por ter comparecido ao local do ocorrido.

O caso está sob investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito (DRCT), da Polícia Civil do Piauí. Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (24), o delegado Carlos César detalhou a dinâmica do acidente, que aconteceu por volta das 22h30.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Carlos César
Delegado Carlos César

“O veículo Onix conduzido pela senhora Mariana Beviláqua trafegava no sentido da zona norte para o sentido da zona leste e a vítima que foi a óbito, senhor Jucemberg, trafegava em uma motocicleta no sentido da zona leste para a zona norte. Essa colisão aconteceu bem na pista central, onde tem uma sinalização semafórica e que hora está aberta para um lado, hora para o outro, e esse acidente causou o óbito do senhor Jucemberg. Quem estava na preferencial, isso está em investigação, não temos esse dado ainda, para onde o semáforo estava realmente aberto ou não”, informou o titular da DRCT.

Motorista foi liberada

Segundo o delegado, Mariana Beviláqua foi conduzida à Central de Flagrantes, mas acabou sendo liberada por ter ligado para o Samu, o que configura prestação de socorro e lhe garante o direito de não ser autuada em flagrante. Ainda de acordo com a autoridade policial, ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, porém, foi submetida posteriormente a exame no Instituto de Medicina Legal (IML), que não indicou consumo de álcool.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Carlos César, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito
Delegado Carlos César, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito
“O procedimento em tese foi feito, ela, Mariana, foi conduzida para a Central de Flagrantes, e a autoridade policial de plantão não realizou o auto de prisão em flagrante sob o argumento de que ela teria prestado socorro. Mas o procedimento na Central foi feito, o delegado ouviu a Mariana, requisitou ao IML um laudo de constatação de embriaguez e o resultado que o médico atestou em laudo foi negativo. Então o médico atestou que ela não estava sob efeito de álcool, não estava embriagada”, continuou o delegado.

Viúva contesta versão

A viúva do senhor Jucemberg, identificada como Joyce, contestou a versão de Mariana e disse que a motorista do carro não prestou socorro ao seu marido. “Ela alega que a não realização do auto de prisão em flagrante foi errado, porque a Mariana não teria prestado socorro, na verdade teria tentado fugir do local, e só não fugiu porque a Rocam fez a abordagem. Alega também que ela se recusou a realizar o teste de etilômetro, mas a gente não tem ainda como afirmar nem que a Polícia Militar agiu correto, nem que a dona Joyce está correta ou errada nas suas denúncias, a gente entende a dor da família e a nossa obrigação é de investigação”, frisou Carlos César.

Policial foi intimado

Por fim, o delegado disse que o policial militar namorado de Mariana foi intimado a comparecer na delegacia na próxima terça-feira, 29 de outubro, para prestar esclarecimentos. “Consta nos autos [do depoimento] da senhora Joyce o nome completo desse possível namorado, a gente já viu nas imagens que realmente chega uma pessoa posteriormente em um outro veículo. Nós já oficiamos a Corregedoria da PM para apresentação dessa pessoa aqui. O ofício foi feito para apresentação dele na próxima terça-feira”, concluiu.

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