A defesa da influencer Letícia Ellen Negreiro de Abreu, presa no âmbito da Operação Jogo Sujo II, deflagrada pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) no dia 9 deste mês, protocolou um pedido de substituição da temporária pela adoção de medidas cautelares diversas da prisão. A solicitação foi protocolada na noite dessa quarta-feira (16).
Conforme a defesa da investigada, o pedido de revogação da prisão temporária de Leticia Ellen Negreiro de Abreu se sustenta por não subsistirem os motivos que justificaram sua decretação pelo juiz da Central de Inquéritos. “Portanto, alternativamente, concluiu-se pela substituição da prisão por medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, que se revelam suficientes para garantir a ordem pública e o regular andamento das investigações”, diz trecho do pedido.
Polícia Civil de manifestou favorável
Na manhã desta quinta-feira (17), o delegado Alisson Macedo protocolou um pedido de dilação de prazo para a finalização das investigações por mais 30 dias, ao tempo em que solicitou ao juízo a adoção de medidas cautelares diversas da prisão, conforme previsão do artigo 319 do Código de Processo Penal, até a conclusão das diligências ainda em curso.
Entre as medidas cautelares, a autoridade sugeriu a proibição dos investigados se manifestarem sobre a investigação e à Polícia Civil em suas redes sociais, bem como a proibição de veiculação de jogos em suas redes sociais e outras medidas cautelares que o juiz entender adequadas.
Entenda o caso
A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II, que tem como alvos influencers de Teresina que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.
Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.
Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados
Os policiais constataram que os influenciadores alvos de prisão temporária exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.
O levantamento produzido pela investigação da DRCI permitiu aos policiais evidenciarem uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.
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