O empresário Antônio Robson da Silva Pontes, mais conhecido como Robin da Carne, é o único alvo dos oito que tiveram a prisão decretada que ainda não foi localizado pela Polícia Civil do Piauí, após a deflagração da Operação Jogo Sujo II. A ação mirou influencers acusados de envolvimento com crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
De acordo com o delegado Alisson Landin, passados seis dias desde a deflagração da operação, os policiais continuam realizando buscas no intuito de localizar Robin da Carne, que, segundo a defesa, está em viagem a trabalho, mas deverá se apresentar à Polícia Civil.
Demais investigados tiveram a prisão prorrogada
Na noite do último sábado (12), o juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos sete investigados que já estavam presos. São eles, os influenciadores Lokinho, Letícia Ellen, Diogo Xenon, Milena Pamela, Brenda Raquel, Marta Evelin Lima de Sousa (Yrla Lima) e Douglas Guimarães Pereira Neves.
A representação foi feita pela Polícia Civil e teve o parecer favorável do Ministério Público. Com a decisão, os alvos deverão permanecer presos até a próxima quinta-feira (17).
Entenda o caso
A Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou a Operação Jogo Sujo II, que tem como alvos influencers de Teresina que utilizavam suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.
Durante a apuração, verificou-se que os influenciadores digitais, que possuem grande número de seguidores, eram contratados pelas plataformas de jogos de azar para divulgar diariamente novas oportunidades de apostas, exaltando supostos benefícios e chances de lucro.
Padrão de vida incompatível com a renda dos investigados
Os policiais constataram que os influenciadores alvos de prisão temporária exibiam constantemente bens de luxo, como carros, casas de alto padrão, viagens e jantares caros, criando a ilusão de que os jogos de azar são uma forma viável de se obter uma vida de luxo.
O levantamento produzido pela investigação da DRCI permitiu aos policiais evidenciarem uma movimentação financeira astronômica, comparada aos ganhos auferidos de forma legal.
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