A defesa de Lucas Soares Campos de Carvalho, representada pelo advogado Marcos Vinícius Brito Araújo, divulgou neste sábado (13) uma nota de esclarecimento sobre a prisão do servidor da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) durante a Operação Jogo Sujo, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, na última quinta-feira (11) contra jogos de azar em Teresina.
Na nota, a defesa expôs que foram apresentadas provas robustas que comprovaram a inocência do servidor e que, por isso, a prisão dele foi revogada. “A acusação baseou-se erroneamente em um negócio de Lucas que, de forma transparente, vendeu um reboque a um terceiro indivíduo. Este, sem conexão com o caso, repassou o reboque ao chefe da organização criminosa [o influenciador digital Itallo Bruno]. A Defesa de Lucas prontamente apresentou documentos comprovando a legalidade do negócio, afirmando que não fazia parte do esquema criminoso. Contracheques e imposto de renda atestaram sua ocupação lícita e fonte de sustento”, diz trecho da nota divulgado pela defesa de Lucas Carvalho.
Em seguida, foi acrescentado e esclarecido no comunicado que “após investigações complementares, a autoridade policial, reconhecendo a inocência de Lucas, solicitou a revogação imediata da prisão. Ele foi liberado no mesmo dia da decretação”.
Soltura do servidor comissionado
O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, foi o magistrado que revogou a prisão preventiva e assinou o alvará de soltura, ainda na tarde dessa quinta-feira (11), depois de requerimento da autoridade policial que alegou que após o cumprimento do mandado de prisão, Lucas esclareceu os fatos apurados na investigação ao demonstrar que seu envolvimento no caso se revestiu de natureza tangencial aos fatos principais.
O magistrado argumentou que Lucas colaborou com as investigações e esclareceu que sua participação assumiu um caráter periférico em relação aos eventos principais, demonstrando que não há risco para a instrução criminal a revogação da prisão preventiva.
“Operação Jogo Sujo”
A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, deflagrou a “Operação Jogo Sujo” nas primeiras horas da manhã dessa quinta-feira (11), em Teresina. O objetivo da ação foi reprimir os crimes de jogos de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Foram expedidos 15 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em residências de suspeitos de obter vantagem ilegal por meio de jogos de azar, além da ocultação de patrimônios que teriam sido adquiridos por meio da prática de jogos.
Durante a investigação da polícia, foram identificadas grandes movimentações financeiras entre pessoas vinculadas a facções criminosas. A polícia ainda divulgou que os suspeitos estão sendo investigados pela prática de crimes, como o de organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar, cujas penas de reclusão podem atingir até 18 anos de prisão.
Veja a nota de esclarecimento divulgada pela defesa do servidor da Alepi:
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