Mãe de Janaína Bezerra se desespera após julgamento ser adiado

A dona de casa Maria do Socorro Nunes, mãe da estudante de Jornalismo Janaína Bezerra, se desesperou após o julgamento do acusado de estuprar e matar sua filha ser adiado mais uma vez. O Júri de Thiago Mayson aconteceria nesta sexta-feira, 1º de setembro, mas não aconteceu pela ausência do advogado de defesa do réu.

Em um vídeo gravado pelo GP1 no Fórum Cível e Criminal, onde aconteceria o julgamento, Maria do Socorro grita, revoltada, diante de mais um adiamento.

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Entre gritos de desespero, a mãe de Janaína pedia por Justiça e questionava o porquê de o acusado ainda não ter sido julgado. “Eu quero Justiça agora (...) porque ele tem o apoio de todos”, disse a dona Maria do Socorro em determinado momento, sendo consolada por mulheres da Frente Popular contra o Feminicídio.

Adiamento

Foto: GP1

Dona Maria do Socorro, mãe de Janaína Bezerra

O julgamento de Thiago Mayson estava marcado originalmente para o dia 17 de agosto, mas foi adiado por falta de quórum, devido à ausência de 12 jurados do quadro de servidores da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A nova data então foi marcada para esta sexta-feira (1º), contudo o advogado do acusado não compareceu ao fórum, o que resultou na suspensão da sessão.

Relembre o caso

Janaína da Silva Bezerra, 21 anos, foi brutalmente estuprada e morta em uma sala de aula da UFPI no dia 28 de janeiro deste ano, após uma calourada. Thiago Mayson, que era aluno do Mestrado em Matemática da instituição, foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Civil, a causa da morte de Janaína foi “asfixia ocasionada pela luxação da região cervical, havendo compressão da medula”. Isso significa que a estudante de Jornalismo morreu por conta da violência do estupro.

Thiago Mayson será submetido ao Júri Popular, em julgamento presidido pelo juiz Antônio de Jesus Nollêto, titular da 1ª Vara do Júri da Comarca de Teresina. Preso preventivamente, ele vai ser julgado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (emprego de meio cruel e feminicídio), estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.