O juiz Leonardo Lúcio Freire Trigueiro, da 6ª Vara Criminal de Teresina, determinou que a Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE) realize perícia no celular do modelo Iure Gilson Martins Portela, acusado de fornecer drogas sintéticas ao DJ Rodolfo Henrique de Sousa Correia em Teresina. A decisão foi dada no último dia 11 de julho.
Na decisão, o magistrado determinou que o procedimento para a extração de dados seja realizado no prazo de 30 dias, devendo ser concluído no dia 11 de agosto deste ano. O aparelho que será periciado trata-se de um celular da marca Apple.
Prisão revogada
Iure Gilson Martins Portela teve a prisão preventiva revogada pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos, no dia 14 de junho deste ano, mediante o cumprimento de medidas cautelares. Ao revogar a prisão preventiva, o juiz afirmou que não havia nos autos elementos indicativos de risco à ordem pública ou à instrução processual, a ponto de justificar o encarceramento preventivo.
O modelo ficou proibido de se ausentar de Teresina e terá de usar tornozeleira eletrônica por 90 dias, além de se recolher em seu domicílio, das 20h às 6h da manhã, durante os dias úteis, fins de semana e feriados. Ele também é obrigado a comparecer em juízo mensalmente, pelo prazo de seis meses.
Na decisão, o magistrado advertiu que o retorno à criminalidade e o descumprimento injustificado de qualquer das obrigações impostas por força de medidas cautelares poderá ensejar a revogação de sua liberdade, ocasião em que poderá ser decretada a prisão preventiva.
Entenda o caso
Iure Portela foi preso em flagrante em abril de 2023, em sua casa, na zona norte de Teresina, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça. No momento da prisão, o acusado estava em um carro, na porta de casa, fornecendo drogas para duas pessoas. No endereço do modelo, foram encontrados diversos entorpecentes, como ecstasy, MDMA, skunk, haxixe e anabolizantes.
De acordo com o depoimento do acusado, o material encontrado em seu poder, no momento do flagrante, era utilizado para consumo próprio, pois ele faz uso de maconha, bala e MDMA, mais conhecida como ecstasy.
Baseado no depoimento de uma das testemunhas, que afirmou já ter comprado as drogas com Iure, o Ministério Público se manifestou pela manutenção da prisão, enquanto a defesa pronunciou pelo pedido de liberdade provisória do modelo com aplicação de medidas cautelares, argumentando que as investigações da Polícia Civil "não substanciaram o relatório com provas que realmente mostrassem a prática delituosa de Iure".
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