Aconteceu, nesta quinta-feira (22), a audiência de instrução e julgamento dos acusados de assassinar a estudante de Medicina Flávia Wanzeler. Após a sessão, o juiz Antônio Bittencourt Braga Neto, titular da 3º Vara Criminal da Comarca de Teresina, abriu prazo para as alegações finais do processo.
O GP1 conversou com a advogada Michele Amorim, que representa a família de Flávia Wanzeler e atua como assistente de acusação no caso. Ela informou que na audiência de hoje foram ouvidos os acusados do crime e as testemunhas. Francisco Emanoel dos Santos Gomes (Biel), Antônio Cleison Barbosa Silva (Macapá) e Denilson Weviton Santos Nicolau (Ceará) foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de latrocínio consumado (roubo seguido de morte), latrocínio tentado, associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
Agora, o Ministério Público, a assistência de acusação e a defesa terão, cada um, prazo de cinco dias para apresentar as alegações finais. Depois disso, os autos ficam conclusos para julgamento e definição da sentença.
“A audiência de instrução e julgamento terminou com a conclusão dos depoimentos das testemunhas e dos acusados e o juiz abriu prazo para fazer as alegações finais por escrito, em forma de memoriais. Quando ele dá o prazo, são cinco dias para o Ministério Público se manifestar, em seguida a assistência de acusação e depois a defesa, após isso é concluso o processo e vai para julgamento, para sentenciar”, explicou a advogada Michele Amorim.
Crime hediondo
Embora não se tenha data definida para o julgamento, a assistente de acusação disse acreditar que o caso deve tramitar com celeridade, por se tratar de um crime hediondo. “O crime de latrocínio é um crime hediondo e por isso ele já carrega a necessidade de uma atenção maior”, concluiu a advogada.
Relembre o caso
Flávia Cristina Wanzeler Sampaio foi assassinada durante uma tentativa de assalto no dia 12 de fevereiro, na zona leste de Teresina. A vítima e o namorado estavam em um carro no cruzamento das ruas Alecrim e Tomaz Tajra, quando foram abordados por criminosos que chegaram em um automóvel modelo Renault Kwid, de cor azul.
Na tentativa de escapar do assalto, o namorado de Flávia deu a ré, mas esbarrou no portão de uma obra e, nesse momento, um dos bandidos efetuou um único disparo, atingindo a estudante de Medicina no ombro, contudo, a bala acabou se alojando no coração da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois, no hospital.
Novas prisões
Além dos três primeiros acusados, o DHPP prendeu também o empresário Gustavo Soares Santos no último dia 31 de maio, e um quinto alvo, identificado como Carlos Eduardo Gomes Lúcio, vulgo Dudu, que dirigia o carro onde estavam Biel, Macapá e Ceará no momento do crime.
O delegado Barêtta explicou que as investigações da equipe do delegado Divanilson Sena descortinaram o grupo que tinha na figura do empresário Gustavo Soares a pessoa responsável por encomendar o roubo de veículos na capital piauiense, a fim de vendê-los nos estados do Maranhão e Ceará.
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