O Tribunal Popular do Júri da Comarca de Piracuruca condenou Maria Edna Lima da Silva a 10 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil, praticado contra o marido Wadson da Silveira Fonteles, durante discussão ocorrida no dia 13 de março de 2022. A sessão de julgamento foi finalizada na noite dessa sexta-feira (28).
Os membros do Conselho de Sentença decidiram que Maria Edna impulsionada pela vontade de matar, desferiu golpes de faca no marido causando-lhe a morte. O casal convivia em união estável e desta união, sobreveio um filho, atualmente com um ano de idade.
O juiz Stefan Oliveira Ladislau determinou que a privativa de liberdade seja cumprida inicialmente no regime fechado, na Penitenciária Mista de Parnaíba/PI, no entanto, foi concedida a ré o direito de recorrer em liberdade, mediante a aplicação de medidas cautelares pessoais: a proibição de se ausentar da comarca, por mais de 3 dias, sem autorização judicial; comparecimento semanal ao fórum judicial para justificar suas atividades; proibição de frequentar bares, boates, shows, e se recolher em sua residência a partir das 18 horas, salvo em situações emergenciais devidamente justificadas.
Crime
Um homem identificado como Wadson da Silveira Fonteles, de 28 anos, foi morto com uma facada no peito no dia 13 de março, por volta de 20h30, na cidade de Piracuruca, Norte do Piauí. A suspeita de cometer o crime é a esposa da vítima, identificada como Maria Edna Lima da Silva, de 27 anos, que foi presa em flagrante ainda no mesmo dia.
Conforme a Polícia Civil de Piracuruca, o casal, que possui um filho de apenas 2 meses de idade, estava bebendo na barragem de Piracuruca momentos antes da discussão, que se estendeu até chegarem à residência em que conviviam.
Por volta das 20h do mesmo dia, em sua residência, motivada pela discussão, Maria Edna desferiu golpes com uma faca de mesa contra seu companheiro, tendo um dos golpes causado um profundo ferimento na região peitoral esquerda, desencadeando hemorragia intensa, levando a vítima a óbito.
Acusada não agiu em legítima defesa, diz Polícia Civil
De acordo com o delegado Abimael Silva, o laudo emitido pelo médico legista da Polícia Técnico-Científica do Piauí revelou a existência de lesões de defesa em Wadson da Silveira Fonteles (braço direito), o que afasta a alegação de que a investigada agiu em legítima defesa.
Segundo a autoridade policial, testemunhas ouvidas no auto de prisão em flagrante narraram que a investigada já possuía histórico de violência contra Wadson, pois já o havia ameaçado com uma faca no pescoço e na ocasião o então marido não reagiu.
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