Após mais de uma semana de paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Teresina, os comerciantes alegam prejuízos nas vendas durante o período de greve. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), a principal motivação da greve é a reivindicação de melhorias para a classe, como por exemplo, reajuste salarial, vale-alimentação e auxílio saúde.
A vendedora Aurilene Lima afirmou em entrevista ao GP1 que além de estar com dificuldades para se locomover até o centro da capital, onde possui uma banca de roupa íntima, também enfrenta a baixa perspectiva de clientes. "É uma situação muito complicada porque para mim já é uma novela que não tem fim, além de não termos os ônibus para trazer as pessoas, a gente também está sem segurança. Gostaríamos de pedir ajuda às autoridades, prefeito ou governador, o responsável. A gente está sendo muito prejudicado. Nem todo mundo tem dinheiro para pagar um Uber ou para colocar gasolina. O mais prático seria ter os ônibus e seguimos sem solução. Os ônibus não estão indo para as linhas que tem que ir, e a gente quer providência em relação a isso”, disse a vendedora.
José Carlos trabalha como comerciante ambulante na Praça Rio Branco há vários anos e relatou que para conseguir chegar até o local tem que usar veículos de aplicativo ou transportes irregulares. "No momento está difícil, porque sem ônibus fica complicado. A gente se vira como Deus quer. Todos os dias venho do Parque Brasil, pagando 5 ou 6 reais. Quando dá a gente vem, ontem mesmo não consegui vir trabalhar. As vendas caíram pela metade”, relatou o comerciante.
Enquanto não há consenso entre o poder público e a categoria, a população tem que enfrentar as consequências da paralisação.
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