O delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (20) que a prisão em flagrante de Victor Daniel Moraes Silva, acusado de matar o estudante de Direito, João Pedro Lima Teixeira, foi convertida em preventiva.
Segundo o delegado, a conversão aconteceu durante audiência de custódia realizada nesse domingo (19). Já os outros dois presos, suspeitos de envolvimento no crime, foram postos em liberdade.
“O indivíduo [Victor Daniel] foi autuado em flagrante delito e o juiz em audiência de custódia homologou o flagrante e decretou a prisão preventiva”, declarou o delegado Barêtta.
Barêtta foi incisivo ao afirmar que não há dúvidas quanto a identificação de quem efetuou o disparo que matou o estudante e de quem conduzia a motocicleta. “Não restou duvida da identificação do indivíduo que atirou, que foi o garupa da moto, e do piloto, inclusive, onde moravam”, contou.
“Foram feitas diligências, mas não logrou-se êxito no primeiro momento em capturá-los, contudo, em seguida, o autor do crime foi preso, tendo sido aprendidas a roupa que ele usou no dia do crime e a arma que utilizou bem como outros elementos de provas. Nós não trabalhamos com suposição, tudo que falamos, nós provamos”, enfatizou o delegado Barêtta.
Participação dos outros dois presos
Em relação às outras duas pessoas identificadas pelas iniciais R. F. O e A. M. S, que haviam sido presas por suspeita de envolvimento no crime, Barêtta explicou que não houve a comprovação da participação do primeiro na fuga dos dois criminosos e que o segundo poderá responder por receptação qualificada ou associação criminosa.
“Em relação aos outros dois indivíduos presos, um deles alegou que o Vitin havia peitado ele para dar fuga ao Vitin, mas que ele não aceitou. Então, ele sequer entrou no iter criminis, não houve execução, não há que se falar em crime. Foi ouvido o depoimento dele e constatado pelos nossos policiais de acordo com a dinâmica toda”, explicou Barêtta.
“O outro foi apontado como responsável por ‘resetar’ os telefones roubados e furtados. Ele também foi interrogado. Foram apresentados alguns aparelhos de telefone, e o delegado achou por bem avaliar e levantar a procedência dos aparelhos porque a recepção é um crime autônomo, mas é acessório e parasitário porque depende do crime anterior. Ele poderá ser indiciado por receptação qualificada ou associação criminosa”, pontuou o delegado.
Acusado de matar estudante já foi preso 7 vezes
O bandido Victor Daniel Moraes Silva, de 20 anos, apontado como autor do disparo que tirou a vida do estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira, nessa sexta-feira, 17 de março, durante uma tentativa de assalto, coleciona em sua carreira criminosa uma extensa ficha delituosa, sendo preso outras sete vezes nos anos de 2020, 2021 e 2022.
A informação é do comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes que, neste sábado (18), concedeu entrevista coletiva à imprensa, logo após as prisões de três suspeitos de participação no latrocínio.
Conforme o coronel Scheiwann Lopes, de 2020 até 2022 Victor Daniel Moraes Silva já foi preso pelos crimes de roubo, receptação e porte ilegal de armas. Com a prisão deste sábado (18), ocorrida em função do latrocínio do estudante de Direito, ele acumula agora oito passagens pela polícia.
Latrocínio
O estudante de Direito e empresário, Pedro Teixeira, de 22 anos morreu, no dia 17 de março, após ser alvejado com tiro durante uma tentativa de assalto na Vila Samaritana, zona leste da capital. Ele seguia em uma motocicleta na rua Neblina quando foi abordado por dois criminosos, que anunciaram o assalto e efetuaram um disparo de arma de fogo, que atingiu seu pescoço.
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