O empresário Edson Novaque, pai do estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira, de 22 anos, que foi assassinado durante um assalto nessa sexta-feira (17) na zona leste de Teresina, concedeu entrevista ao GP1 na manhã deste sábado (18), durante o velório do filho, e fez um relato emocionante sobre a perda de João Pedro.
Bastante emocionado, Edson Novaque revelou que o filho começou a trabalhar cedo, assim que ele sofreu um infarto e precisou de ajuda na empresa que os dois possuem. “Ele foi o meu primeiro funcionário, há seis anos eu tive um problema cardíaco e ele começou a trabalhar. Ainda menor de idade, lutando, sempre foi muito sonhador, dedicado, um rapaz religioso”, comentou Edson.
Base da família
Em seguida, o pai comentou que o filho sempre foi a base da família. “A mãe dele e eu nos separamos e ele foi a base de alicerce da família, hoje eu descobri que o rancor e a mágoa não levam a nenhum lugar, ele torcia muito para que eu mais a mãe dele voltássemos a ser amigos mesmo separados e a gente não se permitia isso. Ontem ao ser assassinado ele viu eu e a mãe dele voltarmos a nos falar e abraçar, lá de onde ele está, no plano diferente do nosso”, contou o pai.
Viveu intensamente
Edson Novaque ainda contou que, apesar da pouca idade, João Pedro viveu a vida intensamente. “Não é porque ele morreu, mas se vocês fizerem uma pesquisa, vão saber quem foi João Pedro. Ele vivia a vida intensamente, parece que sabia que viveria pouco tempo. Então tudo dele era para hoje, até na hora da morte dele, que era para ele fazer uma entrega, onde ele tinha que fazer um cadastro, ele disse ‘não pai eu vou logo porque eu vou antes da chuva’ e nessa velocidade ele encontrou duas pessoas más que tiraram a vida de um rapaz com futuro pela frente”, comentou.
Latrocínio
Pedro Teixeira morreu após ser alvejado com tiro durante uma tentativa de assalto na Vila Samaritana, zona leste da capital. Ele seguia em uma motocicleta na rua Neblina quando foi abordado por dois criminosos, que anunciaram o assalto e efetuaram um disparo de arma de fogo, que atingiu seu pescoço. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando o caso.
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