Sob forte comoção, os familiares e amigos do estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira, que foi covardemente assassinado durante uma tentativa de assalto na tarde dessa sexta-feira (17), se despediram do jovem durante velório realizado na manhã deste sábado (18), na Capela São João, próximo à Avenida Zequinha Freire, na zona leste de Teresina.
O sentimento de todos os presentes no velório foi de bastante tristeza e indignação com a falta de segurança, que resultou na morte de João Pedro. Bastante emocionada e com a voz embargada, a avó de João Pedro, Conceição Teixeira, comentou que ele era um jovem cuidadoso e atencioso. “Ele era um anjo. Ele nos protegia tanto, cuidava de mim e eu cuidava dele. Sempre me chamava de vozinha”, lamentou.
O amigo dele, o empresário Nicolas Lima, contou ao GP1 que João Pedro era esforçado e sempre estava pronto para ajudar os amigos, apesar das adversidades. “Eu iniciei o curso com ele, a gente se afastou do curso e depois ele voltou. Ele era bastante estudioso e esforçado. Tinha uma relação ótima com todos os amigos, não deixava ninguém na mão, tudo que ele poderia fazer pela pessoa ele fazia. Só ficam lembranças boas dele, todo mundo só lembra dele sorrindo. Tive uma perda recente e ele que estava comigo, me apoiando. Ele trabalhava desde os 15 anos com o pai, trabalhava tanto e morreu trabalhando, fazia com bastante gosto", contou o empresário.
Justiça
O amigo ainda mostrou indignação com o ocorrido e cobrou Justiça. “É uma falta de segurança. Espero que tenha Justiça e que o nome dele seja honrado", cobrou Nicolas. Até o momento, nenhum dos envolvidos na morte do estudante de Direito foi preso.
Religioso
A amiga Maria Luisa relembrou um momento importante com o jovem e afirmou que quem tinha ele como amigo, não precisava mais de nada."A gente sempre falava que ele era nossa cola, todo mundo brigava por besteira e ele unia. Eu tive um tempo em coma e ele foi a pessoa que mais reuniu todo mundo para orar por mim. Quando eu acordei do coma eu fui mandar mensagem para ele e ele falou ‘Malu não é tu, se for tu me fala o presente que tu me deu’ e eu tinha dado um crucifixo de uma viagem, aí ele 1é tu mesmo’. Ele foi me visitar, orou por mim e hoje eu estou aqui pedindo a Deus para confortar o coração da família dele. Quem tinha o branco como amigo, não precisava de nada, ele era muito parceiro, ajudava muito, estava sempre com a gente", afirmou Maria Luisa.
Sepultamento
Após o velório, o corpo do jovem seguirá em cortejo para a cidade de Monsenhor Gil, onde será sepultado.
Latrocínio
Pedro Teixeira morreu após ser alvejado com tiro durante uma tentativa de assalto na Vila Samaritana, zona leste da capital. Ele seguia em uma motocicleta na rua Neblina quando foi abordado por dois criminosos, que anunciaram o assalto e efetuaram um disparo de arma de fogo, que atingiu seu pescoço.
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o caso.
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