O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí, negou, habeas corpus que pedia a revogação da prisão preventiva de Patrício Rodrigues de Souza, acusado de participar do arrastão na residência do empresário Marlo Fabiano de Sousa, o Garimpeiro. A decisão é do dia 20 de dezembro.
O magistrado analisou habeas corpus com pedido liminar ajuizado pela advogada de Patrício Rodrigues, após o pedido de soltura do acusado ser negado em primeira instância, em decisão proferida em 6 de dezembro pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina.
A defesa fundamentou o pedido em três argumentos: inexistência dos requisitos da prisão preventiva; suficiência das medidas cautelares diversas da prisão; e a primariedade e os bons antecedentes do acusado.
Tais argumentos, contudo, não foram aceitos pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins. “Constatada a gravidade concreta da conduta do paciente, não há que se falar em suficiência das medidas alternativas”, ressaltou o magistrado, mantendo a prisão preventiva de Patrício Rodrigues.
Relembre o caso
O arrastão à residência do empresário Garimpeiro aconteceu na noite do dia 9 de novembro. Três criminosos encapuzados invadiram o condomínio Fazenda Real, localizado na BR 343, e fizeram um arrastão na casa. Eles roubaram mais de R$ 300 mil em joias, R$ 52 mil em dinheiro, uma coleção de relógios e uma pistola G2C 9mm.
Quatro dos cinco acusados de participação no crime foram presos no dia 13 de novembro pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO): Patrício Rodrigues de Souza, Ismael Carlos Vieira da Silva, Cleiton Borges da Silva e Wallyson Felipe de Sousa Alves. Marcos Pereira Ramos da Silva seguiu foragido até ser capturado no dia 27 do mesmo mês.
Função de cada acusado no assalto
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, Ismael, Wallyson e Marcos invadiram a casa do empresário munidos de orientações repassadas por Patrício Rodrigues, que detinha informações privilegiadas por já ter prestado serviços no condomínio Fazenda Real, onde fica a residência. Já Cleiton Borges é acusado de fornecer armas ao grupo.
“O Patrício, por ter trabalhado no condomínio, tinha algumas informações, foi um dos responsáveis por passar essas informações para esse grupo criminoso. Além de repassar as informações, ele também ficou responsável por destruir as provas, como, por exemplo, essas luvas que foram utilizadas por esses indivíduos e também alguns documentos da vítima que foram subtraídos, mas ele deixou de destruir e nós encontramos todo esse material e parte também das joias na casa dele. O Ismael, o Wallyson e o Marcos, que está foragido, eles três participaram diretamente da ação. O Cleiton foi um dos indivíduos que emprestou uma das armas utilizadas no crime”, detalhou o delegado.
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