Brunno Suênio
Thais Guimarães
O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, negou pedido para restituir quatro carros do empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, dono da loja Adolfo Autopeças, acusado de atuar no desmanche de veículos roubados/furtados. A decisão é do dia 30 de novembro.
Adolfo Mourão se tornou réu pelos crimes de associação criminosa, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador automotor e posse irregular de arma de fogo.
No decorrer das investigações e diligências, a Justiça determinou o sequestro e indisponibilidade de um Porsche Boxster S, um Ford F400, um Chevrolet S10 e um Hyundai Creta.
A defesa do empresário pediu a revogação do sequestro dos veículos, alegando a ausência de comprovação de que os automóveis foram adquiridos com o proveito do crime investigado.
Analisando o pedido, o juiz Raimundo Holland entendeu que, ao contrário do que argumentou a defesa, há indícios suficientes de que os carros sequestrados pela Justiça foram adquiridos com dinheiro do crime.
“Há nos autos, portanto, indícios suficientes de que os referidos bens seriam proventos das infrações penais, de forma específica. Não prosperam as alegações do requerente de que a aquisição dos veículos se deu anteriormente às investigações, e, portanto, não constituem vantagem das infrações penais”, ressaltou o magistrado, que, diante dessa constatação, indeferiu o pedido, mantendo o sequestro dos veículos.
Réu
As investigações iniciaram após a Polícia Civil do Piauí receber uma série de denúncias de que algumas sucatas estavam atuando no desmanche de veículos roubados/furtados em Teresina e Timon e em outros estados.
No decorrer das diligências, a polícia verificou que o crime era praticado por uma família de Teresina, que controla várias sucatas, entre elas a Adolfo Autopeças, Adolfo Autopeças 4x4 e Sucatão Santa Luzia. Foi constatado que nas lojas eram comercializadas peças de veículos roubados/furtados, que eram desmanchados em um sítio em Timon.
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas lojas, e encontrou diversos objetos eivados de ilicitudes. No sítio, em Timon, foram encontradas inúmeras carcaças de veículos com vestígios de supressão dos elementos identificadores.
Após ser indiciado, o empresário Adolfo Mourão foi denunciado pelo Ministério Público, juntamente com o pai, Argemiro Menescal Lima, a irmã, Danielly Laiara Menescal Mourão, e a ex-esposa, Luana de Moura Rocha. Todos eles se tornaram réus no dia 30 de janeiro deste ano, após a Justiça receber a denúncia do órgão ministerial.
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