O professor doutor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Tancredo Augusto de Carvalho Fontineles, preso em flagrante, nessa segunda-feira (20), por importunação sexual contra uma adolescente, já é réu na Justiça por crime de violência psicológica contra a sua ex-esposa.
A denúncia foi recebida pelo juiz João de Castro Silva, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Teresina, no dia 21 de junho deste ano.
Segundo o Ministério Público do Estado do Piauí, a vítima e Tancredo Augusto foram casados por sete anos, têm um filho menor de idade e estão separados desde dezembro de 2019. Contudo, conforme o MP, o denunciado não aceita o término.
No dia 03 de novembro de 2022, por volta de 12h30, Tancredo Augusto foi buscar o filho do casal no colégio e ao perceber que a criança não tinha levado os objetos pessoais, ele ligou para a vítima, afirmando: “vou te matar”, “não tenho mais nada a perder”, “eu não estou mais nem aí para nada”, “não vai acabar assim”, “você vai ter uma surpresa”.
A vítima então declarou que em razão da situação está bastante abalada psicologicamente e que teme não só pelo que o denunciado possa fazer contra a vida dela, mas também contra o próprio filho.
O Ministério Público requereu então a procedência da ação para condenar o professor Tancredo Augusto pelo crime de violência psicológica contra a mulher, bem como condená-lo ao pagamento de indenização mínima em favor da vítima, a título de reparação pelos prejuízos sofridos.
Prisão por importunação
Tancredo Augusto de Carvalho Fontineles foi preso, em flagrante, ne segunda-feira (20), acusado do crime de importunação sexual contra uma adolescente de 16 anos, nas dependências de uma loja de conveniência, localizada no interior do Condomínio Lenita Ferreira, zona sudeste de Teresina.
A adolescente estava no apartamento de sua prima, também menor de idade, quando as duas desceram até a portaria do condomínio, por volta de 14h, para aguardar um remédio que havia sido pedido por delivery.
Enquanto aguardavam o remédio chegar, as duas menores resolveram ir até a loja de conveniência, no interior do condomínio, para comprar um refrigerante. Enquanto estavam no local, o professor Tancredo Augusto chegou para comprar uma cerveja, mas teve dificuldade em fazer a leitura do código de barras, momento em que pediu ajuda da adolescente de 16 anos, enquanto a outra menor saiu para verificar se o remédio havia chegado na portaria.
Tancredo Augusto foi posto em liberdade, na manhã dessa terça-feira (21), após pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos que totalizou R$ 6.600,00 e aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
Câmeras flagraram a importunação sexual
No momento em que ela iria deixar o local, o professor entregou seu aparelho celular para a adolescente de 16 anos e pediu que ela colocasse seu Instagram. A vítima identificou o perfil na rede social e, de imediato, devolveu o celular.
Em seguida, o professor se aproximou da vítima e colocou a mão em sua cintura, beijou sua mão e tentou beijá-la na boca, mas a adolescente o empurrou.
Depoimento da vítima
Em depoimento à Polícia Civil, a adolescente afirmou que, mesmo o empurrando ele insistiu e passou a chamá-la de bonita, indagando se poderia chamá-la no Instagram para conversar. Logo depois, o professor tentou beijá-la e, novamente, ela o afasta e sai do local, indo ao encontro da prima, na portaria.
A vítima comunicou o fato ao porteiro que, juntamente, com a tia da adolescente, acionou a Polícia Militar, que prendeu Tancredo Augusto de Carvalho Fontineles em flagrante delito, sem resistência por parte do acusado.
Após ser conduzido para a Central de Flagrantes, a autoridade policial o autuou por crime de importunação sexual e o professor foi encaminhado, na manhã desta terça-feira (21), para o Fórum Criminal de Teresina, onde passará por audiência de custódia.
O que diz o Instituto Federal do Piauí
Por meio de nota, o Instituto Federal do Piauí afirmou que o ato, divulgado na imprensa, ocorreu fora da instituição. Diz ainda que repudia atos de assédio e importunação e ressalta que tais práticas não condizem com as diretrizes da instituição.
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