Um médico perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi preso durante a “Operação Raque”, deflagrada pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (23), acusado de causar um rombo milionário à instituição no estado do Piauí. A prisão foi realizada no município de Camocim, no Ceará. A PF não informou o nome do médico.
Segundo a Polícia Federal, o médico perito, em conluio com intermediários, fraudava perícias para conseguir a concessão de benefícios do INSS da espécie incapacidade temporária na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Outras duas pessoas, apontadas como intermediárias, também foram presas.
A Justiça determinou ainda o bloqueio judicial das contas bancárias dos três presos envolvidos nas fraudes identificadas e o afastamento de outros dois servidores públicos do INSS de suas funções.
Operação Raque
A “Operação Raque” foi deflagrada com objetivo de desarticular associação criminosa especializada na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de fraudes na obtenção de benefícios da espécie auxílio-doença. A estimativa é que o prejuízo ao INSS seja de mais de R$ 20 milhões.
Ao todo, 20 policiais federais cumpriram oito mandados judiciais, sendo cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária nas cidades de Parnaíba/PI, Camocim/CE e Chaval/CE. Os mandados foram expedidos pela subseção Judiciária Federal de Parnaíba.
Investigação
A Polícia Federal conseguiu identificar 386 benefícios por incapacidade temporária (auxílio-doença) supostamente atrelados à associação criminosa e com fortes indícios de fraude.
Suspensão dos benefícios
A Polícia Federal pediu a suspensão judicial de 56 benefícios ainda ativos que, caso não suspensos, poderiam provocar um prejuízo potencial superior a R$ 880 mil ao INSS.
Crimes
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos, falsidade ideológica e estelionato majorado.
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