A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA, abriu investigação para apurar as acusações contra o sacerdote da religião de matriz africana Umbanda, Pai Bruno de Ogum, acusado de abusar sexualmente de várias crianças e adolescentes em Teresina. Nesta segunda-feira (29), o delegado Danilo Barroso, titular do caso, concedeu entrevista ao GP1 e falou sobre o andamento do caso.
O delegado contou que um grupo de pessoas foi até a DPCA, na última quinta-feira (25), para formalizar a denúncia contra o pai de santo, Bruno Santos. "Foram testemunhas denunciantes que vieram relatar os fatos. Foi registrado um Boletim de Ocorrência e estamos primeiro apurando e fazendo o levantamento de testemunhas e vítimas, que serão ouvidas nos próximos dias", relatou ele, que acrescentou, inclusive, que as intimações já foram expedidas.
O delegado titular do caso afirmou ainda que com o inquérito aberto, os próximos andamentos da investigação irão elucidar o que é verídico ou não e que será dado a devida resposta para a sociedade sobre as denúncias. "Iremos apurar a veracidade do caso. As investigações já foram iniciadas e vamos dar a resposta", afirmou Danilo Barroso.
Entenda o caso
Um pai de santo da religião de matriz africana Umbanda, conhecido como Pai Bruno de Ogum, foi acusado de estuprar várias crianças e adolescentes em Teresina. Bruno Santos é pai de santo do Templo Espírita de Umbanda São Jorge Guerreiro Cabana Nego Gerson, localizado na Vila Dagmar Mazza, zona sul de Teresina. No último sábado (27), os seguidores do sacerdote publicaram notas de repúdio condenando os crimes.
O GP1 apurou que foi um seguidor do pai de santo que conseguiu desmascarar o religioso. Ele teria criado um perfil falso nas redes sociais e iniciado conversas com ele. Após conquistar a confiança do sacerdote, Bruno Santos admitiu ter estuprado várias crianças.
Nos prints da conversa, que não serão divulgados em respeito às vítimas, o sacerdote confessou ter tirado a virgindade de vários meninos de 13 e 14 anos. Ele admitiu ter abusado do filho de sua própria amiga e chegou até mesmo a mandar foto de uma de suas vítimas na conversa. Há ainda denúncias de abusos contra crianças de 9 a 11 anos de idade.
O seguidor levou os crimes à público e enviou os prints para as pessoas mais próximas de Bruno Santos. Após o caso ter ido à tona, o pai de santo fugiu e ainda não foi localizado.
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