Nayrana Meireles
Brunno Suênio
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) aguarda o resultado de exames de DNA para confirmar se a ossada encontrada na manhã dessa terça-feira (27), no Povoado Cerâmica Cil, é de Ryan Willian Rocha da Silva, de 17 anos, que está desaparecido desde a última quinta-feira, 21 de julho.
Em entrevista ao GP1, nessa quarta-feira (27), o delegado Danúbio Dias, do DHPP, informou que tudo indica que a ossada seja de Ryan, no entanto, é preciso aguardar a confirmação técnica, emitida após exame de DNA realizado no Instituto de Medicina Legal (IML).
“Até o momento nós não temos a confirmação da identidade do cadáver de ontem. Vamos aguardar a identificação da vítima através de DNA ou através da arcada dentária da vítima, pois há notícias que ele possui registros odontológicos. No momento, acreditamos que seja o Ryan, mas até o momento não temos a confirmação técnica. Conversei com a mãe, informalmente, e a investigação vai se confirmar após a identificação do cadáver”, informou o delegado Danúbio Dias.
Motivação
Segundo Danúbio Dias, Ryan assumiu a autoria de um homicídio praticado em no dia 25 de junho de 2022, na Vila Carolina, próximo a Houston Bike, no bairro Promorar, zona sul de Teresina, e isso poderia ter motivado o desaparecimento do adolescente.
“Fizemos levantamento de buscas, identificação de suspeitos até a manhã seguinte ao desaparecimento dele. Ryan assumiu a autoria do crime por homicídio e respondia a ato infracional. A suspeita é que esse crime tenha relação com facções criminosas em decorrência desse homicídio que ele cometeu em junho”, revelou o delegado do DHPP.
Mãe alega que ossada encontrada na Cerâmica Cil é de filho desaparecido
A dona Railda Rocha da Silva, mãe do jovem Ryan Willian Rocha da Silva, de 17 anos, que está desaparecido desde a última quinta-feira 21 de julho, afirmou nessa terça-feira (26), que a ossada humana encontrada no Povoado Cerâmica Civil é de seu filho.
Em entrevista ao GP1, a mãe relatou que reconheceu a marca de uma peça de roupa que o Ryan usava. A mãe do adolescente disse ainda que seu filho pode ter sido submetido a torturas, pois sua roupa foi retirada e no corpo foi encontrada uma corda amarrada no pescoço.
“É ele, eu reconheci a roupa dele, conheci pela cueca que ele veste, pela marca. Eu também consegui ver os dentes dele e vi o aparelho na boca, que ele usava. Eu ainda não estou conformada, eu fiquei pior pelo jeito que meu filho foi encontrado, nenhum ser humano merece morrer daquele jeito ali, eu vi uma corda no pescoço, deve ter sido torturado, encontram as roupas dele jogadas lá em um terreno, mataram meu filho só de cueca”, relatou dona Railda.
Entenda o caso
A Polícia Civil do Piauí está investigando o desaparecimento de um adolescente identificado como Ryan Willian Rocha da Silva, 17 anos, que saiu de casa na madrugada da última quinta-feira (21) e desde então não foi mais localizado.
As investigações preliminares dão conta que Ryan Willian assassinou Francisco Cássio Vieira de Alcântara no último dia 25 de junho na Vila Carolina, zona sul da Capital, sem a anuência dos líderes do Bonde dos 40 que atuam na região.
Na quinta-feira (21), nas primeiras horas da madrugada, Ryan William saiu de casa, na Vila Clemente Fortes, e foi até uma boca de fumo na Vila Afegão. De lá, ele partiu para buscar drogas em outro ponto e desde então não foi mais visto. A principal suspeita é que Ryan Willian Rocha da Silva tenha sido atraído para o local e julgado pelo Tribunal do Crime.
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